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Cientistas descobrem proteína que faz os espermatozoides nadarem

Novo estudo revela proteína que permite que os espermatozoides de ouriços-do-mar nadem, mas os pesquisadores afirmam que pode ser encontrada em seres humanos

26 out 2023 - 13h43
(atualizado às 18h04)
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Na última quarta-feira (25), um estudo publicado na revista Nature foi responsável pela descoberta da proteína que faz os espermatozoides nadarem. O experimento envolveu ouriços-do-mar, mas os pesquisadores afirmam que essa proteína pode ser encontrada em diversos animais, tal como nos seres humanos.

Foto: ParallelVision/Pixabay / Canaltech

A proteína fica na membrana celular do esperma e ajuda a transportar íons de sódio e hidrogênio para dentro e para fora da célula. Segundo o artigo, é um papel importante para regular o pH, o teor de sal e o volume da célula, ajudando a manter viva e saudável.

Mas os pesquisadores ressaltam que a proteína funciona de forma diferente em diferentes animais. Por isso, os dados sobre os ouriços-do-mar não se traduzem diretamente no desenvolvimento de medicamentos para a fertilidade humana, mas a expectativa do estudo é apontar para como o esperma utiliza truques de outras células para construir as suas próprias proteínas únicas.

Proteína dos espermatozoides

A proteína se chama SLC9C1 e combina habilidades nunca vistas. A equipe usou uma técnica chamada microscopia crioeletrônica para estudá-la. Nesta técnica, as amostras são resfriadas e um feixe de elétrons passa por elas para criar imagens de alta resolução.

Nos ouriços-do-mar, a proteína torna o interior dos espermatozoides mais básico e menos ácido, ao trocar íons de sódio e prótons para dentro e para fora da célula.

Mudanças na voltagem da membrana celular desencadeiam esta transferência, o que os pesquisadores afirmam se tratar de um método nunca visto neste tipo específico de proteína de transporte de membrana.

Cientistas descobrem proteína que faz os espermatozoides nadarem (Imagem: Karin Henseler/Pixabay)
Cientistas descobrem proteína que faz os espermatozoides nadarem (Imagem: Karin Henseler/Pixabay)
Foto: Canaltech

Agora, os cientistas estão interessados no possível papel da SLC9C1 na infertilidade masculina. Como é uma proteína específica do esperma, o futuro pode reservar algum produto farmacêutico que interrompa a proteína e que não interfira em outras células do corpo. É claro que ainda há um longo caminho até que isso seja possível.

Espermatozoides quebram leis da física

É uma semana importante para a ciência, no que diz respeito à reprodução. Isso porque, na última terça-feira (24), um estudo sugeriu que os espermatozoides quebram leis da física (no caso, a terceira lei de Newton, que diz que para cada ação, há uma reação igual e oposta).

O artigo explica que os espermatozoides usam apêndices semelhantes a cabelos, chamados flagelos, para se movimentar. Eles se projetam da célula, quase como uma cauda, ajudando a impulsioná-la para frente, mudando de forma à medida que interagem com o fluido. Como espermatozoides fazem isso de forma não recíproca, não provocam uma resposta igual e oposta do ambiente.

Fonte: NatureNature Communications

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