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Cientistas descobrem "relógio biológico" que prevê 18 doenças; entenda

Análises foram baseadas em amostras de sangue e estudo de 200 proteínas

12 ago 2024 - 10h08
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Resumo
Pesquisa científica publicada na Nature Medicine revela avanço significativo na área da saúde com o desenvolvimento de um relógio biológico capaz de prever o risco de desenvolvimento de 18 doenças crônicas a partir da análise de proteínas no sangue.
Caso um simples exame de sangue já consiga detectar Alzheimer, testes anuais poderão ser feitos em pacientes com mais de 50 anos facilmente (Imagem: seventyfourimages/Envato)
Caso um simples exame de sangue já consiga detectar Alzheimer, testes anuais poderão ser feitos em pacientes com mais de 50 anos facilmente (Imagem: seventyfourimages/Envato)
Foto: Canaltech

Uma pesquisa, publicada na última quinta-feira (8), na revista científica Nature Medicine, apresenta um avanço significativo na área da saúde. Cientistas desenvolveram um “relógio biológico” capaz de prever o risco de desenvolvimento de 18 doenças crônicas, incluindo doenças cardíacas, câncer, diabetes e Alzheimer, com base na análise de cerca de 200 proteínas presentes no sangue.

Ao analisar o perfil proteico de um indivíduo, é possível determinar uma “idade biológica”, que pode ser diferente da idade cronológica. Normalmente, pessoas com uma idade biológica mais avançada em relação à cronológica apresentam maior probabilidade de desenvolver doenças crônicas.

A pesquisa, liderada pelo pesquisador Austin Argentieri, do Massachusetts General Hospital, em Boston, analisou informações de mais de 45 mil pessoas coletadas de um banco de dados, o que embasa uma resultado sólido. 

Descobertas

A equipe descobriu que os níveis de 204 proteínas predizem com precisão a idade cronológica. Quando os autores construíram um segundo relógio usando apenas as 20 proteínas mais indicativas, ele previu a idade quase tão bem quanto o relógio de 204 proteínas.

O relógio também previu com precisão a idade cronológica em dois outros grupos de pessoas: quase 4.000 contribuintes de um biobanco na China e quase 2.000 contribuintes de um biobanco na Finlândia. 

A pesquisa descobriu que, em geral, a idade medida usando o relógio de proteína era semelhante à idade cronológica. Contudo, para alguns indivíduos havia uma lacuna entre os dois — refletindo o fato de que os níveis de proteína mudam conforme a doença se desenvolve.

Pessoas cuja idade do relógio de proteína era maior do que sua idade cronológica eram mais propensas a desenvolver 18 doenças crônicas, incluindo diabetes; condições neurodegenerativas; câncer; e doenças do coração, fígado, rim e pulmão.

De acordo com os pesquisadores, indivíduos que envelhecem mais lentamente do que a média, apresentam um perfil de proteína mais jovem. Esses indivíduos têm menor probabilidade de desenvolver doenças neurodegenerativas como Alzheimer e demência.

A descoberta desse relógio biológico representa um marco na pesquisa sobre o envelhecimento e abre novas perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos e estratégias de prevenção de doenças crônicas.

No entanto, ainda são necessários mais estudos para compreender os mecanismos biológicos por trás desse fenômeno e identificar os fatores que influenciam a taxa de envelhecimento biológico.

Fonte: Redação Byte
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