Cientistas desenvolvem remédio que turbina o apetite sexual
Em novo estudo, cientistas viram a eficácia de um injetável à base de kisspeptina, que estimula a liberação de outros hormônios reprodutivos dentro do corpo.
Em novo estudo publicado na JAMA Network Open, pesquisadores do Imperial College London descreveram um novo medicamento injetável capaz de aumentar a libido. A terapia é baseada em um hormônio chamado kisspeptina, e a ideia é aumentar as respostas sexuais em pessoas diagnosticadas com transtorno de desejo sexual hipoativo, um distúrbio caracterizado pelo desinteresse em relações sexuais.
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A kisspeptina estimula a liberação de outros hormônios reprodutivos dentro do corpo e pode aumentar tanto as respostas aos estímulos sexuais quanto as vias cerebrais da atração. Os participantes do estudo fizeram ressonância magnética, exames de sangue e testes comportamentais.
Com base nas análises, os pesquisadores perceberam que a administração de kisspeptina melhorou o processamento sexual direto no cérebro, despertando efeitos positivos no comportamento sexual em comparação com o placebo. O estudo vem na esteira de um outro artigo, concentrado em avaliar a eficácia da kisspeptina e seus efeitos de aumento em termos de excitação e atração.
Os pesquisadores comentam que os resultados desse novo estudo são encorajadores, já que indicam o mesmo efeito de aumento em mulheres e homens, embora as vias cerebrais precisas fossem ligeiramente diferentes.
"Os resultados sugerem que a kisspeptina pode oferecer um tratamento seguro e muito necessário para o transtorno de desejo sexual hipoativo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e esperamos levar isso adiante em futuros estudos maiores e em outros grupos de pacientes", apontam os autores.
Na prática, a kisspeptina induziu maior atividade cerebral intensificada por kisspeptina no hipocampo (uma estrutura chave implicada no desejo sexual feminino). Quanto mais a kisspeptina ativava o córtex cingulado posterior em resposta a rostos considerados pelos participantes como atraentes, menos aversão sexual era relatada.
No caso dos homens, ainda houve a medição da rigidez peniana. A substância injetável aumentou essa ereção em até 56% em comparação com o placebo.
Fonte: JAMA Network Open via EurekAlert!
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