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Cientistas juntaram DNA de peixe-gato e jacaré para comermos no futuro

Edição de DNA busca reduzir as infecções nos peixes, dizem os pesquisadores

7 fev 2023 - 11h46
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Baofeng Su segura um peixe-gato. A segunda imagem mostra um bagre transgênico (acima) com um irmão que não sofreu edição genética.
Baofeng Su segura um peixe-gato. A segunda imagem mostra um bagre transgênico (acima) com um irmão que não sofreu edição genética.
Foto: Reproduçã/ MIT

Cientistas da Universidade de Auburn, no Alabama (EUA), estão fazendo de tudo para criar uma criatura híbrida pensando em reduzir as chances de infecções. Trata-se de um bagre (ou peixe-gato) que recebeu o DNA de um jacaré. 

A pesquisa com os esforços para modificar geneticamente o bagre com o gene da catelicidina de um jacaré foi publicada na revista científica bioRxiv, mas o estudo não foi revisado por pares. 

Ao MIT Technology Review, Rex Dunham, que faz parte do projeto de melhoramento genético do peixe-gato, disse que cerca de 40% dos peixes em todo o mundo morrem de doenças entre o momento em que nascem e o momento em que são pescados.

O peixe-gato é fortemente criado nos EUA como alimento. Somente em 2021, 139 toneladas do animal vivo foram produzidas no país — principalmente nos estados do sul do Alabama, Arkansas, Mississippi e Texas.

Editados por genes

Agora, com a edição genética, os animais receberam uma proteína antimicrobiana chamada catelicidina que a equipe de pesquisa acredita tornar os jacarés mais resistentes a infecções após serem contaminados. 

Os autores observaram algumas incertezas no uso da tecnologia CRISPR – usada e estudada principalmente em mamíferos — sendo aplicada em peixes.

Os animais resultantes do experimento se mostraram mais resistentes a infecções. Quando os cientistas colocaram dois tipos diferentes de bactérias causadoras de doenças em tanques de água (onde normalmente são criados) descobriram que os peixes editados por genes tinham muito mais chances de sobreviver do que seus equivalentes que não haviam sofrido a edição genética. 

"Dependendo da infecção, a taxa de sobrevivência dos peixes transgênicos com catelicidina era de duas a cinco vezes maior”, disse Dunham.

Alguns pesquisadores, contudo, têm preocupações éticas sobre o método, mas os bagres híbridos seriam incapazes de se reproduzir devido à forma como os genes são trocados.

"Eu pensei: 'o que diabos? Quem teria pensado em fazer isso? E por que eles fariam?'", disse Greg Lutz, pesquisador de genética da aquicultura da Universidade do Estado Louisiana, ao MIT Technology Review.

Lutz teme que as pessoas confundam o animal. “Tenho certeza de que haverá pessoas que esperam que o peixe-gato tenha uma boca grande e comprida com dentes pontudos para mordê-los”, acrescentou.

Fonte: Redação Byte
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