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Cientistas querem criar spray anti-covid que atua como pílula do dia seguinte

Para prevenir casos da covid após situações de exposição, cientistas da Universidade Stanford desenvolvem spray do dia seguinte. Testes ainda são necessários

19 jan 2023 - 14h07
(atualizado às 16h55)
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Já pensou em encontrar amigos, ir para um show ou mesmo andar de ônibus sem nenhum receio de contrair covid-19, mesmo se alguém tossir e espirrar ao seu lado? A partir de um spray do dia seguinte contra o coronavírus SARS-CoV-2, cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, trabalham nesta solução quase mágica contra a doença.

Vale lembrar que, na medicina, diferentes doenças ou condições podem ser combatidas como se planeja o potencial spray. Este é o caso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) contra o HIV ou ainda da pílula seguinte para impedir a gravidez. A grande diferença é que essas duas estratégias devem ser usadas somente quando necessárias, enquanto a tecnologia para impedir a infecção do vírus da covid-19 poderia ter um uso mais cotidiano.

No entanto, a equipe norte-americana de cientistas ainda está na fase de desenvolvimento do spray, mas, nas últimas semanas, descobriram que, em laboratório, é viável uma solução do tipo, conforme explicam em artigo publicado na revista científica Cell.

É possível ter um spray contra covid-19?

Foto: Astrakanimages/Envato Elements / Canaltech

"Nossas vias aéreas superiores são a porta de entrada não apenas para a infecção de nossos pulmões, mas também para a transmissão [de um vírus] para outras pessoas", explica Peter Jackson, professor de microbiologia na Stanford, em comunicado. Dessa forma, o spray precisaria "apenas" impedir que a infecção se instalasse no nariz e na garganta.

Para entender a viabilidade do processo, Jackson e sua equipe criaram organoides epiteliais das vias aéreas, que imitam as vias aéreas normais com o muco característico e as células ciliadas, e os infectaram com o vírus da covid-19. Foi usada a cepa original.

Segundo os autores, no primeiro momento, os coronavírus se conectam e infectam apenas as células ciliadas e podem permanecer concentrados nesta região por mais de 24 horas. A invasão completa só começa após 48 horas. Na vida real, o tempo seria similar, segundo estudos anteriores.

"Está claro que as células epiteliais nasais ciliadas humanas são o principal local de entrada do SARS-CoV-2 no tecido epitelial nasal", pontua Jackson. "Uma vez que o vírus atravessa essa barreira, ele pode se replicar livremente nas células subjacentes", acrescenta.

Inclusive, este mecanismo foi bastante similar quando o organoide foi exposto ao vírus sincicial respiratório (VSR) e à cepa BA.1 da Ômicron. No último experimento, o processo era um pouco mais acelerado, mas ainda assim seguia o mesmo padrão. Neste estágio, independente do vírus, é possível inativar a infecção antes que ela se instale, segundo os experimentos.

"Retardar a entrada, saída ou disseminação viral com um medicamento de curta duração, aplicado localmente, ajudaria nosso sistema imunológico a se atualizar e chegar a tempo de interromper a infecção total. Com sorte, [a estratégia] limitaria futuras pandemias", completa o cientista. Agora, a ideia é ampliar os testes para modelos animais e, no futuro, testar em humanos.

Fonte: Cell e Universidade Stanford    

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