Cientistas usam genética de peixes de água doce para encontrar ouro
Pesquisadores da Nova Zelândia sugerem que um antigo leito de rio situado sob terras agrícolas pode estar carregado de ouro, mas a extração pode demorar
Na Nova Zelândia, pesquisadores sugerem que um antigo leito de rio situado sob terras agrícolas pode estar carregado de ouro. Mesmo que a extração provavelmente não possa ser realizada tão cedo, o grupo se concentra em rastrear a movimentação de peixes para encontrar essas riquezas ocultas. As descobertas mais recentes foram publicadas na revista científica Eos, nesta quarta (22).
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A Nova Zelândia atravessa a fronteira de duas placas tectônicas, por isso está em constante turbulência. Em meio a essa movimentação geológica estão minúsculos peixes nativos de água doce (espécies do gênero Galaxias).
Na província de Otago, no sul, os rios também carregam ouro, algo que foi muito explorado pelos mineradores há alguns séculos. No entanto, os especialistas deduziram que um grande sistema fluvial carregou a maior parte desse minério para uma província vizinha chamada Southland.
Com o tempo, as duas províncias ficaram separadas por uma cordilheira que impede que a água flua entre essas províncias, mas no final dos anos 1990, pesquisadores teorizaram uma conexão entre Southland e Otago, levando em consideração uma espécie de galaxiídeo que vivia em ambos os lados.
Na época, especialistas levantaram a possibilidade de o rio ter sido revertido pelas montanhas crescentes, dividindo a população de peixes em dois. Com isso, perceberam que poderiam usar a taxa de divergência genética entre as duas populações de peixes para identificar a data dessa reversão.
Ao longo de estudos, os cientistas conseguiram calibrar uma espécie de "relógio geogenômico" que pode ajudar a prever onde os antigos rios com ouro podem estar enterrados.
Segundo o grupo, estudar a genética dos peixes costuma ser muito mais útil do que as rochas, no que diz respeito a restringir o tempo exato dos eventos geológicos quando se procura depósitos minerais.
Fonte: Eos
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