Cobra se esconde em carro e morde biólogo em SC; entenda a espécie
Animal foi solto em área de mata após a captura; ação foi gravada pelo especialista
Uma cobra-cipó "sumiu" dentro do motor de um carro em Jaraguá do Sul (SC), e o biólogo Christian Raboch Lempek foi chamado para resgatar o réptil. Ao retirar o animal do carro, o biólogo foi mordido na mão pela cobra.
Apesar de a espécie não ser venenosa, o biólogo alertou que se o animal entrasse no veículo poderia causar um acidente. Em um vídeo publicado na internet, o profissional relatou como foi feita a captura.
Após cerca de 30 minutos de tentativas frustradas de encontrar a cobra, o carro foi levado para um posto de gasolina para ser erguido e facilitar a localização.
"Para a nossa surpresa, quando a gente parou no posto, olha quem resolveu aparecer no capô: a cobra-cipó", disse o biólogo no vídeo que publicou nas redes sociais.
Apesar do susto, a mordida não apresentou riscos, explicou o biólogo, pois a cobra-cipó não possui peçonha. Entretanto, Lempek afirmou que lavou o local da picada com água e sabão para evitar infecções.
"O animal acaba se estressando um pouco e deu aquela beijoca, aquela 'grampeada' no meu braço. Mas era inevitável, não tinha como usar pinça ou gancho, tinha que ser algo rápido", disse o biólogo na gravação.
Após a captura, o animal foi solto em uma área de mata.
Conheça a espécie
Segundo o especialista, a cobra-cipó não tem peçonha, é inofensiva para humanos e costuma caçar durante o dia. Pelos hábitos de caça diurnos, a espécie "tem olho grandão e pupila redonda", conforme relatou Christian Lempek no vídeo.
A espécie se alimenta principalmente de anfíbios, como cobra, perereca e rã. Por isso, se torna importante para o equilíbrio do ecossistema.
Tem como habitat natural a Mata Atlântica e é comum na região Sul do Brasil, na Argentina e no Uruguai.
De tamanho mediano a grande, a cobra-cipó tem o corpo delgado e cauda longa. Há registros de fêmeas que portam de quatro a dez ovos, segundo informações da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
No bote, elevam a parte superior do corpo, inflam e achatam lateralmente o pescoço e escancaram a boca.