Cobras pítons gigantes estão invadindo Flórida, diz estudo
Espécie chega a ter mais de 4 metros e pesar cerca de 90 quilos
Cobras pítons gigantes têm se dirigido para o norte da Flórida, nos Estados Unidos, alcançando as regiões de West Palm Beach e Fort Myers. Medindo mais de quatro metros e pesando cerca de 90 quilos, as cobras estão colocando em risco o ecossistema.
O dado vem de um abrangente estudo publicado pelo Serviço Geológico dos EUA, que ressalta a dificuldade de conter as cobras gigantes desde que foram documentadas pela primeira vez como uma população estabelecida no estado em 2000.
Nas últimas décadas, a Flórida tem somado esforços para diminuir a proliferação de pítons birmanesas. O trabalho inclui a ação de empreiteiros pagos, voluntários treinados e uma caça anual que atraiu participantes de diversos países.
O estudo aponta que a espécie é “uma das invasoras mais intratáveis para problemas de gestão em todo o mundo.”
Pouco se sabe sobre quanto tempo as pítons birmanesas vivem na natureza na Flórida, com que frequência elas se reproduzem e, especialmente, quão grande a população de pítons do estado cresceu, de acordo com a publicação veiculada pelo New York Times.
Apesar de também não ficar claro como as cobras chegam até a Flórida, o estudo levanta a hipótese de que a extensa rede de canais e diques do sul da Flórida “pode facilitar o movimento de longa distância por pítons”.
Localizar pítons, que gostam de se esconder em pântanos e se reproduzir em habitats remotos, é tão desafiador que os especialistas não sabem quantos existem na Flórida, embora estimem que existam pelo menos dezenas de milhares.
Mais de 18.000 cobras foram removidas desde 2000, incluindo 2.500 em 2022, segundo a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem.
De acordo com o New York Times, estudos anteriores descobriram que as pítons birmanesas, que são predadoras originárias do sul da Ásia, dizimaram espécies nativas, incluindo aves, coelhos do pântano e cervos de cauda branca.
Novas pesquisas devem ser realizadas para avaliar novas ferramentas para erradicar as pítons e refinar as existentes, concluiu o estudo, acrescentando que controlar a propagação da espécie é fundamental para proteger a região.