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Cofundadores do Google deixam comando da empresa; Pichai assume Alphabet

4 dez 2019 - 09h46
(atualizado às 09h49)
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Os cofundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, estão saindo da gigante da internet que fundaram há 21 anos, encerrando uma trajetória extraordinária que os levou a construir uma das empresas mais valiosas e influentes do mundo.

19/07/2018
REUTERS/Arnd Wiegmann
19/07/2018 REUTERS/Arnd Wiegmann
Foto: Reuters

Sundar Pichai, que dirige o principal negócio do Google desde 2015, assumirá imediatamente como presidente-executivo da controladora Alphabet.

"Embora tenha sido um tremendo privilégio estar profundamente envolvido na administração diária da empresa por tanto tempo, acreditamos que é hora de assumir o papel de pais orgulhosos - oferecendo conselhos e amor, mas não incomodando diariamente!" Page e Brin escreveram em um post no blog da empresa na terça-feira.

Page, Brin e Pichai pretendem dar ênfase no desenvolvimento de software de inteligência artificial para tornar a ferramenta de pesquisa mais rápida e personalizada, enquanto expandem o leque de informações e serviços disponíveis a partir de uma simples busca.

Mas a visão deles enfrenta um escrutínio sem precedentes, com governos de cinco continentes exigindo uma proteção maior ao usuário, o fim do que muitos consideram uma conduta anticompetitiva e mais impostos sobre a maior empresa de publicidade online do mundo. Milhares de funcionários protestaram, e alguns até se demitiram, por causa da preocupação constante de que o famoso mantra "não seja mau" do Google - uma vez adotado por Page e Brin - possa estar sendo ignorado.

Page e Brin, que costumavam visitar regularmente eventos públicos e a sede do Google, haviam se tornado muito menos visíveis nos últimos anos. A ida de Page para um segundo plano atraiu críticas crescentes de funcionários da empresa e parlamentares dos EUA, que exigiram respostas dele, e não de Pichai, sobre projetos controversos, como um aplicativo de pesquisa experimental para usuários chineses.

Os cofundadores ainda controlam a empresa por meio de ações preferenciais. Em abril, Page detinha 26,1% do poder total de votação da Alphabet, Brin 25,25% e Pichai menos de 1%.

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