Colar achado no Titanic teria sido feito de dente de megatubarão extinto
Colar perdido supostamente feito do dente de um tubarão megalodonte é descoberto no naufrágio ocorrido há 111 anos
Um colar foi encontrado nos destroços do navio Titanic, em uma expedição da Magellan, empresa de expedição submarina, que ocorreu no ano passado. A companhia afirma que ele foi produzido a partir do dente de um megalodonte, uma extinta espécie de tubarão.
O velho-novo artefato no local do famoso naufrágio de 1912 foi visto em filmagens para capturar as primeiras varreduras digitais do local. Segundo o jornal Daily Mail, outros objetos ao redor do colar não foram identificados, embora pareça estar perto de pequenas missangas em forma de anel.
Richard Parkinson, diretor da Magellan, descreveu o objeto como "surpreendente, bonito e de tirar o fôlego". "Encontramos um dente de megalodonte que é moldado em um colar – é incrível, é absolutamente incrível", disse ele à ITV News.
Os dentes do extinto megalodonte podiam atingir mais de sete centímetros de comprimento, mas não está claro como a empresa conseguiu confirmar que é o dente um megalodonte. O Daily Mail entrou em contato com a empresa para obter mais informações, mas não houve resposta até o momento.
Catalina Pimiento, paleontóloga da Universidade de Swansea (Reino Unido) especializada em tubarões, disse ao jornal que é difícil dizer se é um dente de megalodon sem outros objetos identificáveis para obter a devida escala.
O que é o megalodonte?
Um dos maiores peixes que já existiram, o megalodonte é conhecido por biólogos como os maiores e mais poderosos predadores da história dos vertebrados. Restos fósseis sugerem que eles cresceram até 20 metros de comprimento e pesaram cerca de 100 toneladas.
O megalodonte, que significa "dente grande", viveu entre 23 e 2,6 milhões de anos atrás, durante as épocas Mioceno e Plioceno da Era Cenozóica. Acredita-se que eles tenham sido extintos devido a uma combinação de fatores, como mudanças climáticas e competição por comida com outros predadores marinhos.
Revivendo o Titanic
Os destroços do Titanic passaram por uma varredura digital em tamanho real. O navio está a 3.800 metros de profundidade no Atlântico e foi investigado através de um sistema de mapeamento de águas profundas.
O projeto fornece uma visão 3D única de todo o navio, permitindo que seja visto como se a água tivesse sido drenada. A expectativa é que esse estudo traga novas informações sobre o que exatamente aconteceu com o transatlântico.
A análise foi realizada em meados de 2022 pela Magellan e pela Atlantic Productions, que está fazendo um documentário sobre o projeto.
A nova varredura captura o naufrágio em sua totalidade, revelando uma visão completa do Titanic. O navio encontra-se em duas partes, com a proa e a popa separadas por cerca de 800 metros. Um enorme campo de detritos envolve o navio quebrado.
Os submersíveis, controlados remotamente por uma equipe a bordo de um navio especializado, passaram mais de 200 horas examinando o comprimento e a largura dos destroços.
Eles tiraram mais de 700 mil imagens de todos os ângulos, criando uma reconstrução 3D exata.