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Com pesquisa sobre metabolismo energético, cientista brasileira recebe premiação em Paris

Alicia Kowaltowski será premiada por sua contribuição em pesquisas como doenças crônicas

21 mai 2024 - 10h56
(atualizado às 11h28)
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Alicia Juliana Kowaltowski será homenageada em Paris pelo Prêmio Internacional L’Oréal--UNESCO Para Mulheres na Ciência 2024
Alicia Juliana Kowaltowski será homenageada em Paris pelo Prêmio Internacional L’Oréal--UNESCO Para Mulheres na Ciência 2024
Foto: Divulgação

A cientista brasileira Alicia Juliana Kowaltowski será homenageada em Paris, no dia 28 de maio, por sua contribuição para enfrentar os desafios globais de saúde pública, como doenças crônicas como obesidade, diabetes e infarto.

Professora de Bioquímica na Universidade de São Paulo (USP), ela é uma das cinco vencedoras reconhecidas por seus projetos pioneiros nas áreas das ciências da vida e do ambiente.

A pesquisadora será contemplada pelo Prêmio Internacional L’Oréal--UNESCO Para Mulheres na Ciência 2024, promovido pela Fundação L’Oréal em parceria com a Unesco.

Hoje, no Brasil, a participação de mulheres na ciência como autoras de publicações científicas cresceu 29% nos últimos 20 anos no país, deixando o Brasil na 3ª posição em uma lista com 18 países e a UE (União Europeia).

Apesar disso, apenas 1,2% do PIB nacional é dedicado para pesquisa e desenvolvimento, segundo o Banco Mundial e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. 

A pesquisa

O projeto visa analisar o papel de alterações de transporte de íons, metabolismo energético e oxidantes mitocondriais nestas condições fisiopatológicas.

Como consequência do melhor entendimento do papel mitocondrial nestes processos, a cientista espera que seja possível propor intervenções dirigidas para controlar esses efeitos mitocondriais e celulares indesejados em processos patológicos de grande importância na saúde humana.

A cientista Alicia Kowaltowski, graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em 1997, obteve seu doutorado em Ciências Médicas pela mesma instituição em 1999 e foi selecionada pelo programa por sua pesquisa inovadora sobre o metabolismo energético, as complexas reações bioquímicas que permitem aos seres humanos obter energia dos alimentos para viver e funcionar.

Por que nem todas as vacinas podem ser em gotinhas? Por que nem todas as vacinas podem ser em gotinhas?

Sua investigação contribui significativamente para a compreensão de possíveis doenças como envelhecimento, obesidade, diabetes e infarto.

Como estudante de medicina, ela foi convidada por seu mentor para explorar mitocôndrias e metabolismo e se apaixonou.

"O metabolismo é fascinante porque está no cerne da vida - todas as definições técnicas da vida devem incluir o metabolismo e o fluxo de moléculas sendo transformadas dentro de nós”, disse Alicia em comunicado.

Prêmio

Em sua 26ª edição global, o prêmio busca promover o equilíbrio de gênero e incentivar a participação de mais mulheres na ciência. No total, cada vencedora vai receber € 100 mil para investir em seus projetos, além de bolsas de estudos voltadas para o doutorado e pós-doutorado. 

Desde a sua criação, o programa L’Oréal--UNESCO Para Mulheres na Ciência homenageou mais de 4400 mulheres pela excelência da sua investigação, incluindo 132 laureadas com prêmios internacionais e mais de 4000 jovens pesquisadoras.

Fonte: Redação Byte
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