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Comida ultraprocessada afeta diretamente a ansiedade, diz estudo

Novo estudo associa ingestão de alimentos ultraprocessados a depressão e ansiedade entre mais de 10 mil consumidores dos EUA

25 ago 2022 - 13h51
(atualizado às 13h57)
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Comida ultraprocessada pode estar associada a maior incidência de depressão e ansiedade
Comida ultraprocessada pode estar associada a maior incidência de depressão e ansiedade
Foto: Wikimedia Commons

Os ultraprocessados acabam se tornando um tipo de alimento prático, rápido e de baixo custo. O problema é que não são muito saudáveis por serem deficientes de nutrientes. Agora pesquisadores da Universidade Atlântica da Flórida (EUA) e outros colaboradores dizem que essas comidas também pioram a saúde mental

Segundo o estudo, indivíduos que consomem mais ultraprocessados relataram “pelo menos” depressão leve, além de mais “dias ansiosos” e “mentalmente insalubres”. Os dados são preocupantes porque, segundo a pesquisa, a depressão e a ansiedade são grandes causas de morbidade, incapacidade e mortalidade. O fato também reforça a importância da alimentação na saúde mental. 

Participaram da pesquisa 10.359 participantes adultos dos EUA com mais de 18 anos, e que não tinham nenhum histórico de uso de cocaína, metanfetamina e heroína.

Sistema usado na pesquisa foi o Nova, adotado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
Sistema usado na pesquisa foi o Nova, adotado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
Foto: Image by master1305 / Freepik

No período estudado — que usou dados de três edições da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição dos EUA, realizadas entre 2007 e 2012 — houve índices mais altos de depressão leve, dias ansiosos e dias mentalmente insalubres para os que mais consumiam ultraprocessados. Além disso, essas pessoas também apresentaram taxas bem menores de relatos "zero dias" do tipo mentalmente insalubres e ansiosos.

Os pesquisadores usaram a classificação de alimentos Nova para fazer as análises, um sistema recentemente adotado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. De acordo com essa classificação, os alimentos são divididos em quatro grupos: não processados ou minimamente processados; ingredientes culinários processados; processados; e ultraprocessados.

O que são os ultraprocessados

São chamados de “ultraprocessados” os alimentos repletos de óleos, gorduras, açúcares, amido, isolados de proteínas, entre outros, que contêm pouco ou nenhum alimento integral e normalmente incluem aromatizantes, corantes, emulsificantes e outros aditivos cosméticos.

Na prática, são as bebidas adoçadas com açúcar, os lanches embalados, os cereais de café da manhã, os biscoitos e inúmeros outros alimentos embalados.

Ultraprocessamento de alimentos esgota seu valor nutricional e também aumenta o número de calorias
Ultraprocessamento de alimentos esgota seu valor nutricional e também aumenta o número de calorias
Foto: Karolina Grabowska / Pexels

Mais do que um valor nutricional reduzido, o ultraprocessamento levaria ao aumento do número de calorias. É o que afirma Eric Hecht, Doutor, um dos autores do estudo e professor associado afiliado na Faculdade de Medicina Schmidt.

"O ultraprocessamento de alimentos esgota seu valor nutricional e também aumenta o número de calorias, já que os alimentos ultraprocessados tendem a ser ricos em açúcar adicionado, gordura saturada e sal, enquanto pobres em proteínas, fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos", diz Hecht no comunicado.

Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, mais de 70% dos alimentos embalados são classificados como ultraprocessados e representam aproximadamente 60% de todas as calorias consumidas no país. 

Fonte: Redação Byte
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