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Como a Lua consegue influenciar as marés?

A Lua é capaz de movimentar os oceanos de todo o mundo, criando duas protuberâncias de maré em lados opostos da Terra

22 out 2022 - 05h00
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A Lua puxa o nosso planeta em diferentes partes, porque seu campo gravitacional está muito próximo da Terra
A Lua puxa o nosso planeta em diferentes partes, porque seu campo gravitacional está muito próximo da Terra
Foto: Taken / Pixabay

A Lua é um astro que inspira horóscopos, amantes do céu e, é claro, as marés. O campo gravitacional do satélite é tão grande que, mesmo tendo apenas cerca de um centésimo da massa da Terra, ela é capaz de mover as coisas no nosso planeta. É importante lembrar que isso também só acontece porque a Lua está bem perto de nós.

Sua atração gravitacional gera o que conhecemos como “força das marés”. À medida que a Terra gira, a gravidade da Lua puxa o nosso planeta em diferentes partes dos oceanos. Essa força faz com que a Terra e sua água se avolumem do lado mais próximo da Lua. 

Por causa da força das marés, a água do lado da Lua sempre fica mais volumosa em direção à Lua, quando ocorre a maré alta. Se ela está na direção do astro, é chamada de maré direta. 

Deve-se considerar, porém, que a Terra não é formada por uma massa uniforme de água. São sete continentes, que impedem que a água siga perfeitamente a força da Lua. É por isso que, em alguns lugares, a diferença entre a maré alta e baixa não é muito grande, e em outros lugares, é drástica.

Mas então como existe maré alta longe da Lua?

Se a gravidade da Lua está puxando os oceanos em sua direção, como o oceano também fica mais volumoso no lado da Terra que está longe da Lua? Bom, aí é que a coisa começa a ficar um pouco mais complexa: isso acontece porque a força das marés é uma força diferencial — o que significa que ela vem de diferenças de gravidade na superfície da Terra.

A força das marés "espreme" os oceanos e faz com que ocorram duas protuberâncias em lados opostos da Terra
A força das marés "espreme" os oceanos e faz com que ocorram duas protuberâncias em lados opostos da Terra
Foto: SciJinks / Reprodução

O efeito das forças das marés é "espremer" os oceanos, e produzir duas protuberâncias de maré em lados opostos da Terra: uma voltada para a Lua e uma ligeiramente menor voltada para longe do satélite.

No centro do planeta incide a média aproximada da atração gravitacional da Lua. Para obter a força das marés de um local, subtraímos a gravidade em um local específico da Terra dessa atração gravitacional média da Lua no planeta.

No centro da Terra incide a média aproximada da atração gravitacional da Lua em todo o planeta
No centro da Terra incide a média aproximada da atração gravitacional da Lua em todo o planeta
Foto: SciJinks / Reprodução

O resultado, então, é um alongamento e esmagamento da Terra, capaz de gerar protuberâncias também no outro extremo distante – a essa, chamamos de maré oposta.

Isso também explica porque em um único dia há duas marés altas e duas marés baixas. A superfície da Terra gira por cada uma dessas protuberâncias uma vez por dia.

Assim como a Lua, o Sol também pode influenciar nas marés, mas em bem menor escala. Quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham — o que acontece em momentos de Lua cheia ou Lua nova — se formam as marés de primavera. Quando ela está em sua fase cheia ou nova, as marés altas estão no seu ponto mais alto, enquanto as baixas são mais baixas do que o normal.

Padrões do vento e clima também afetam o nível da água, assim como os sistemas meteorológicos de alta pressão, que podem empurrar para baixo o nível do mar, e os de baixa pressão, capazes de ocasionar marés mais altas.

Fonte: Redação Byte
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