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Como a urna eletrônica entrega resultado das eleições em poucas horas

Tecnologia que não utiliza a internet chegou ao país na década de 90 e desde então vem recebendo melhorias

27 out 2022 - 11h50
(atualizado às 15h03)
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Urna eletrônica usada nas eleições brasileiras até 2020; novo modelo foi testado neste ano
Urna eletrônica usada nas eleições brasileiras até 2020; novo modelo foi testado neste ano
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Poucas horas após o encerramento da votação nas eleições do domingo (30), o Brasil já deve ter seu presidente e 27 governadores definidos para os próximos quatro anos — um resultado cuja rapidez só é possível graças às urnas eletrônicas

No primeiro turno, o país já tinha a menos de uma hora após o encerramento da votação a sua primeira senadora eleita: Tereza Cristina (PP), pelo Mato Grosso do Sul.

Mas, afinal, como é possível que os votos de milhões de brasileiros sejam computados, reunidos e avaliados por uma tecnologia que sequer é conectada à internet?

O primeiro passo, quando a votação acaba, é o encerramento da urna eletrônica por parte dos mesários. Ela é um aparelho fechado que possui uma CPU, fonte de energia e software próprios para garantir seu funcionamento.

No aparelho, há um cartão de memória interno que guarda os votos de maneira criptografada, com o objetivo de garantir a segurança. A criptografia é uma camada de segurança que embaralha os dados, não sendo possível decifrá-los sem um software exclusivo. 

Novo modelo da urna eletrônica, usado em 2022
Novo modelo da urna eletrônica, usado em 2022
Foto: Poder360

Depois do encerramento, é emitido o boletim de urna (BU), em papel, e um arquivo digital chamado Registro Digital de Voto (RDV). Também conhecido como “memória de resultado”, o arquivo é armazenado em um pen drive e enviado a um ponto de transmissão, localizado em um cartório eleitoral.

Vias físicas do BU são fixadas na porta da seção, enviadas a cartórios eleitorais, à fiscalização e ao presidente de cada seção.

Os Tribunais Regionais Eleitorais, que recebem as informações dos votos, fazem a soma de cada estado e repassam os dados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma rede privada. No caso da eleição para presidente da república, o órgão é o responsável pela totalização e divulgação dos números.

Apesar de críticas de grupos políticos como seguidores do presidente Jair Bolsonaro (PL), as urnas são comprovadamente seguras, tendo passado pelo teste de integridade do TSE, além de auditáveis.

O cidadão pode acompanhar a apuração em tempo real no site do TSE ou no aplicativo Resultados, disponível para Android e iPhone (iOS).

Fonte: Redação Byte
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