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Como a web e a tecnologia estão identificando golpistas de Brasília

Mobilização nas redes, canais de denúncia, drones, imagens de câmeras de segurança e coleta de DNA; entenda o que está sendo feito

9 jan 2023 - 12h21
(atualizado às 12h34)
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Golpistas apoiadores de Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto no domingo.
Golpistas apoiadores de Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto no domingo.
Foto: Rodrigo Silviano/Estadão / Estadão

Após os ataques antidemocráticos nos prédios do Planalto e Congresso Nacionais e Supremo Tribunal Federal, em Brasília, neste domingo (8), a Polícia Federal está investigando o ocorrido para identificar os responsáveis.

Diversos perfis nas redes sociais também estão compilando prints, vídeos, imagens e publicações dos bolsonaristas presentes nos atos de vandalismo. No Twitter, é o caso de contas apócrifas conhecidas da cobertura política, como Jair Me Arrependi, Prints Bolsonaristas e Museu da Direita Histérica, ou outras que costumam comentar celebridades e entretenimento, como PAN, Central Reality e Choquei. 

O perfil Contragolpe Brasil (@contragolpebrasil), no Instagram, que já conta com quase 700 mil seguidores, foi criado justamente para ajudar na identificação dos criminosos responsáveis pelos ataques. As fotos de vários deles constam nas postagens, o que poderá ajudar as autoridades com as buscas.

Organizações como o Ministério Público Federal (MPF) do Pará e a Frente Internacional Brasileira (Fibra), movimento a favor da democracia, estão pedindo denúncias e provas sobre os participantes do ato nas redes sociais. O perfil do influenciador Felipe Neto, que conta com mais de 15 milhões de seguidores, também está tentando ajudar na compilação de informações. 

Imagens das câmeras de segurança do circuito interno da Câmara, do Senado, do STF e do Planalto também servirão de base para as investigações
Imagens das câmeras de segurança do circuito interno da Câmara, do Senado, do STF e do Planalto também servirão de base para as investigações
Foto: Reprodução/Twitter

O especialista em investigações orientadas por dados, Adriano Belisario, recomendou o site PimEyes para a busca reversa de rostos em imagens, para a identificação dos envolvidos. Alternativas gratuitas seriam o Google Lens e o Yandex. Ele aconselha arquivar os vídeos e fotos com metadados antes que sejam excluídos.

O jornalista e pesquisador Guilherme Felliti também deixou dicas nas redes para a investigação:

De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, todos os ônibus que levaram golpistas a Brasília já foram identificados. “Temos todas as placas dos ônibus que trouxeram criminosos até Brasília. Muitos foram apreendidos e outros serão”, disse ele.

Peritos da Polícia Federal já estão recolhendo amostras de DNA de vestígios no Planalto e imagens de drones feitas durante a invasão. Também estão analisando as postagens das redes sociais que denunciam as pessoas envolvidas nos atos de vandalismo. 

Imagens das câmeras de segurança do circuito interno da Câmara, do Senado, do STF e do Planalto também servirão de base para as investigações. 

O Ministério da Justiça também criou um canal para receber denúncias e informações sobre os terroristas, o denuncia@mj.gov.br, divulgado pelo Secretário Nacional de Justiça Augusto de Arruda Botelho. Até o momento, 300 pessoas foram presas de acordo com a polícia civil, e mais de 400, segundo o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Fonte: Redação Byte
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