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Como as plantas sobreviveram ao meteoro que matou os dinossauros

Ao invés de sofrer com a extinção em massa de 66 milhões de anos atrás, as flores se adaptaram e diversificaram ainda mais, apesar de perderam algumas espécies

18 set 2023 - 18h56
(atualizado às 22h02)
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Você não vê dinossauros andando pela Terra, mas vê flores — e isso não é à toa: as angiospermas, ou plantas com flores, escaparam da grande extinção do final do Cretáceo (K-Pg), causada pela famosa queda do meteoro, e, segundo uma pesquisa recente, praticamente não perderam diversidade.

Foto: the Hallwyl Museum/SHM (CC BY) / Canaltech

Embora tenham perdido uma espécie ou outra no evento de 66 milhões de anos atrás, as resilientes flores receberam até mesmo um empurrãozinho para melhor se adaptar e dominar a flora atualmente.

Como sabemos que as plantas não perderam diversidade?

A ciência já sabe que a grande extinção do final do Cretáceo eliminou ao menos 75% da vida terrestre, o que pode ser visto nos fósseis que pararam de aparecer após o impacto do meteoro em Chicxulub. Como as plantas não possuem esqueletos e nem exoesqueletos, a preservação de flores em registros fósseis é muitíssimo rara, dificultando conhecer sobre o passado da flora dessa forma.

O meteoro que causou a extinção K-Pg (Cretáceo-Paleógeno), há 66 milhões de anos, eliminou os dinossauros, mas deixou as plantas muito bem vivas, obrigado (Imagem: Donald E. Davis/CC BY-SA 3.0)
O meteoro que causou a extinção K-Pg (Cretáceo-Paleógeno), há 66 milhões de anos, eliminou os dinossauros, mas deixou as plantas muito bem vivas, obrigado (Imagem: Donald E. Davis/CC BY-SA 3.0)
Foto: Canaltech

Para descobrir mais, foi preciso utilizar outros métodos. Na revista científica Biology Letters, uma equipe científica usou um modelo estatístico chamado nascimento-morte para fazer uma estimativa de quantas espécies de angiospermas teriam sido extintas ao longo de sua história. Foram examinadas mutações em sequências de DNA de cerca de 73.000 espécies de plantas com flores com base na técnica.

Os resultados moleculares mostram que a esmagadora maioria das famílias de angiospermas já existia antes da extinção K-Pg — entre elas estavam ancestrais da hortelã, magnólia e orquídeas. Segundo os pesquisadores, as flores usam diversas técnicas para a dispersão das suas sementes e de polinização, e algumas chegaram a duplicar o genoma inteiro. Outras adaptaram o jeito de fazer fotossíntese para melhor aproveitar a iluminação reduzida do período pós-asteroide.

Quase todas as criaturas vivas do planeta dependem ecologicamente das flores atualmente — é um case de sucesso de um clado que conseguiu se adaptar e até diversificar mais a partir de um grande evento de extinção (Imagem: Noblevmy at Malayalam Wikipedia/CC-BY-3.0)
Quase todas as criaturas vivas do planeta dependem ecologicamente das flores atualmente — é um case de sucesso de um clado que conseguiu se adaptar e até diversificar mais a partir de um grande evento de extinção (Imagem: Noblevmy at Malayalam Wikipedia/CC-BY-3.0)
Foto: Canaltech

Essas adaptações permitiram que as linhagens de angiospermas perdurassem, trazendo suas ordens e famílias até os tempos atuais, mesmo que os registros fósseis mostrem a perda de algumas espécies ao longo do caminho — embora tenham perecido, seus clados seguem vivos.

Hoje, há cerca de 400.000 espécies de planta no mundo, com aproximadamente 300.000 sendo de plantas com flores. Junto aos mamíferos, elas deram a volta por cima após a catástrofe de 66 milhões de anos atrás, e o poder das flores se tornou inegável — atualmente, praticamente todas as formas de vida dependem ecologicamente das angiospermas.

Fonte: Biology Letters Cientistas descobrem flor mais antiga que os dinossauros

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