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Como atuava a milícia digital bolsonarista presa em atuação da PF

Ação da Polícia Federal mirou em bolsonaristas acusados de atacar as instituições e a democracia por vias digitais

16 dez 2022 - 12h08
(atualizado às 12h12)
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No inquérito da PF, o grupo é acusado de manifestações inconstitucionais e o incentivo de ataques contra a democracia (Imagem: Divulgação)
No inquérito da PF, o grupo é acusado de manifestações inconstitucionais e o incentivo de ataques contra a democracia (Imagem: Divulgação)
Foto: Daniel M S - Flickr / Flipar

Uma "milícia digital privada" comandada por políticos e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na quinta-feira (15) a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

No inquérito, o grupo é acusado de manifestações inconstitucionais e o incentivo de ataques contra a democracia. Os investigados são o vereador de Vitória Armandinho Fontoura, o jornalista Jackson Rangel, os deputados estaduais do Espírito Santo Carlos Von e Capitão Assumção, o radialista Max Pitangui e o pastor Fabiano Oliveira.

De acordo com a decisão de Moraes, documento ao qual o portal G1 teve acesso, o jornalista Jackson Rangel mantinha o site Folha do ES, de Cachoeiro de Itapemirim (ES), e usava a página para atacar instituições e o STF.

Os demais acusados, segundo a ação, atacavam o Supremo e o processo eleitoral em suas redes sociais. Em suas publicações, o vereador Armandinho Fontoura pedia "limite nesses bandidos togados" e chamava os ministros de "imperadores do Brasil". Segundo o documento, são críticas que ultrapassam os limites da liberdade de expressão por "incitar a subversão da ordem e incentivo a quebra da normalidade institucional e democrática".

A decisão diz que o radialista Max Pitangui questionou a segurança do processo eleitoral sem provas, como também incitou a abolição do Estado Democrático de Direito por meio de uma intervenção militar.

O pastor Fabiano Oliveira fez ataques ao Supremo e incentivou ruptura da ordem democrática, além de integrar um movimento chamado Soberania da Pátria, que ataca o sistema eleitoral.

O deputado estadual Carlos Von é acusado de fazer pronunciamentos criminosos na internet contra ministros do Supremo. Além disso, há indícios de que o político haveria feito pagamentos ao Folha do ES para postagens a seu favor. 

O deputado Capitão Assumção também é investigado por promover pronunciamentos criminosos contra o Supremo em seus perfis na web.

Prisões da PF

A Polícia Federal prendeu preventivamente Armandinho Fontoura e Jackson Rangel na quinta-feira. Fontoura também teve seus gabinetes revistados pelos agentes. 

Além disso, os deputados estaduais Carlos Von e Capitão Assumção foram proibidos de deixar o Espírito Santo, de usar redes sociais, de dar entrevistas e de participar de eventos públicos em todo o território nacional. Eles tiveram seus passaportes retidos, usarão tornozeleiras eletrônicas e, caso descumpram alguma dessas medidas, pagarão multa diária de R$ 20 mil.

O radialista Max Pitangui e o pastor Fabiano Oliveira também têm mandado de prisão, mas não tinham se apresentado à PF até a quinta-feira.

Armandinho Fontoura, Capitão Assumção, Carlos Von, Fabiano Olvieira chegara a divulgar posicionamentos negando as acusações do inquérito. O jornalista Max Pitangui disse ao G1 que considera a ação da PF "equivocada".

Fonte: Redação Byte
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