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Como funciona a nova "IA dubladora" do Google? Veja vídeo

Empresa diz estar ciente dos riscos que envolvem a tecnologia e a liberou apenas para parceiros autorizados

11 mai 2023 - 16h54
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O Google anunciou nesta quarta-feira, 10, em seu principal evento do ano, o Google I/O, um novo serviço de tradução. O chamado "Universal Translator" utiliza inteligência artificial (IA) para traduzir vídeos para um novo idioma imitando o tom de voz da pessoa que está falando e alinhando o movimento dos lábios do apresentador com o das falas traduzidas.

Ao receber um vídeo — no exemplo, uma palestra de um curso online gravado por uma mulher em inglês —o Universal Translator trabalha em quatro estágios até a versão final. Primeiro, o áudio é identificado e transcrito. Depois a IA traduz o conteúdo para o idioma e, em seguida, gera um arquivo de áudio correspondente ao discurso no novo idioma, mantendo o mesmo estilo e tom de voz do original.

Por fim, o próprio algoritmo consegue editar a imagem do vídeo para que os movimentos dos lábios de quem fala fiquem sincronizados com o áudio no novo idioma. Assim, é como se a pessoa tivesse pronunciado palavras que nunca saíram, de fato, de sua boca.

O teste está sendo realizado em parceria com a Arizona State University e, segundo a empresa, é um enorme avanço na compreensão da aprendizagem e já apresentou resultados promissores com um aumento nas taxas de conclusão dos cursos.

A empresa disse estar consciente da "tensão" acerca do que estão considerando um "experimento", segundo o discurso de James Manyika, que lidera o novo departamento de "Tecnologia e Sociedade" da companhia. Isso porque a preocupação é que o serviço possa ser usado para criar deepfake, quando a IA é usada para combinar, substituir ou sobrepor áudios e imagens para criar arquivos falsos em que pessoas podem ser simuladas em qualquer situação.

"Você consegue ver o quanto (o serviço) pode ser benéfico, no entanto, algumas das mesmas tecnologias subjacentes podem ser utilizadas indevidamente por atores mal-intencionados para criar deepfakes", disse Manyika em seu discurso. Por isso, a empresa diz ter construído o serviço com "salvaguardas para ajudar a prevenir o uso indevido" e disponibilizou a novidade apenas para parceiros autorizados.

Estadão
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