Como funciona a tecnologia das camisas da seleção na Copa
Criadas pela Nike, camisas dos jogadores foram pensadas com tecnologia Dri-FIT, que leva em consideração os mapas de suor e calor
As camisas da seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar remetem à onça-pintada, e sobretudo, à garra deste animal. Mas, para além do simbolismo, há uma série de tecnologias envolvidas na sua fabricação.
Neste ano de Copa, os uniformes dos atletas foram feitos pela Nike com a tecnologia Dri-FIT, que se baseia nos mapas de suor e calor corporal dos jogadores. Pixel a pixel, os designers pensaram em uma roupa que fosse ventilada e esfriasse exatamente os pontos do corpo mais necessários no calor da partida.
O padrão de impressão de onça também ajuda a dar “respirabilidade” na peça, de acordo com a fabricante, já que o detalhe absorve melhor o suor do atleta.
Em termos de sustentabilidade, a camisa é feita 100% de poliéster reciclável, o que representa uma diminuição de 30% nas emissões de carbono em relação ao material não-reciclável. Essa nova tecnologia ajuda a desviar anualmente uma média de 1 bilhão de garrafas plásticas dos aterros sanitários e cursos d'água, segundo a Nike.
Além dos uniformes dos jogos oficiais, a tecnologia Dri-FIT foi implementada nas camisas de pré-treino, kits de treinamento e jaquetas. Os uniformes não possuem costura e foram feitos com base em um modelo 4D com design computacional abrangente.
Outras seleções e suas camisetas
A Nike também ficou responsável pelas camisas das seleções da Inglaterra, França, Holanda, Portugal, Estados Unidos, Austrália, Croácia, Coreia e Catar. Outros países, como Alemanha, Argentina, Bélgica, Espanha, Japão, México e País de Gales, escolheram a marca concorrente, Adidas, como responsável pelas roupas dos times.
No caso da Adidas, a tecnologia proposta é a HEAT.RDY, que foca no resfriamento e circulação de ar para os jogadores. A vantagem é que os uniformes da marca possuem diferentes texturas em locais distintos, capazes de regular bastante a temperatura dos atletas.
A Puma também estampará seis seleções: Gana, Marrocos, Senegal, Sérvia, Suíça e Uruguai. Com sua tecnologia Ultraweave, se propõe a ter as camisas mais leves do mundo, com cada unidade pesando apenas 72 gramas. O tecido é projetado por um processo de estiramento mecânico de quatro vias, mantendo níveis de conforto e elasticidade. A estrutura, por sua vez, é do tipo RipStop, que atua em conjunto com o poliéster dryCELL, para que a performance seja satisfatória com a roupa seca ou molhada.