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Como funciona o satélite de madeira que quer combater a poluição espacial

Objeto irá se transformar em cinzas ao reentrar na atmosfera da Terra

19 fev 2024 - 15h18
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Satélite de madeira irá queimar e se transformar em cinzas ao reentrar na atmosfera
Satélite de madeira irá queimar e se transformar em cinzas ao reentrar na atmosfera
Foto: Universidade de Quioto

O Japão e os EUA estão se preparando para lançar o primeiro satélite de madeira do mundo, a sonda LignoSat. A missão, com previsão de lançamento para o verão de 2024, visa combater a poluição espacial e promover a sustentabilidade na exploração do cosmo.

A madeira foi escolhida como material principal do satélite por ser biodegradável e não liberar substâncias nocivas ao reentrar na atmosfera. Além disso, o material é leve, resistente e relativamente barato.

Pesquisadores da Universidade de Kyoto e da empresa madeireira Sumitomo Forestry realizaram testes rigorosos para avaliar a viabilidade da madeira como material espacial. 

Outras pesquisas em laboratórios e até mesmo na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) mostraram que a madeira de magnólia é capaz de resistir às condições extremas do espaço.

Como irá funcionar 

O satélite LignoSat, do tamanho de uma caneca de café, é equipado com uma série de sensores para monitorar seu desempenho em órbita. A missão irá:

  • Medir a deformação da estrutura de madeira no espaço;
  • Avaliar a resistência da madeira à radiação espacial;
  • Testar o comportamento da madeira em diferentes temperaturas;
  • Coletar dados sobre a viabilidade da madeira para aplicações espaciais de longo prazo.

Estima-se que mais de 2.000 naves espaciais devem ser lançadas anualmente nos próximos anos, e o alumínio que provavelmente irá depositar na alta atmosfera à medida que queimam na reentrada poderá em breve representar grandes problemas ambientais

Os cientistas acreditam que o sucesso da missão LignoSat pode abrir caminho para o uso da madeira em outras aplicações espaciais, como naves e até mesmo estações em órbita — tornando as operações mais sustentáveis.

Fonte: Redação Byte
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