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Como funciona o sistema de monitoramento de rios para evitar enchentes

O Serviço Geológico do Brasil recebe e envia os dados hidrológicos das bacias dos rios para informar órgãos públicos sobre os níveis de água

7 mai 2024 - 05h00
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Vista aérea de Canoas neste sábado, 4, no Rio Grande do Sul
Vista aérea de Canoas neste sábado, 4, no Rio Grande do Sul
Foto: Reprodução/REUTERS/Renan Mattos

O nível do Rio Guaíba, em Porto Alegre, alcançou a marca histórica de 5,3 metros no último domingo (5), a mais alta já registrada. Essa é a maior cheia já registrada na história da capital gaúcha, superando o recorde anterior de 4,76 metros estabelecido em 1941. Até o momento, mais de 80 pessoas perderam a vida.

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME), tem o Sistema de Alerta Hidrológico (SAH), que monitora e gera informações hidrológicas, utilizando o SACE.

O objetivo do SAH, além de monitorar os níveis dos rios, também consiste em prevenir e mitigar impactos de eventos hidrológicos extremos, através dessas informações que o sistema produz, de forma que a tomada de decisões de órgãos públicos sejam baseada em dados concretos.

Como funciona?

As equipes que alimentam a plataforma do SGB trabalham com dados que são recebidos a cada 1 hora, por transmissores via satélite instalados nas estações de monitoramento automáticas. 

Os dados vêm das estações da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), que é de responsabilidade da Agência Nacional das Águas, e operada pela CPRM (Cia Pesquisa Recursos Minerais). 

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Essas estações possuem sensores de nível, que são capazes de medir a variação nos níveis das águas com alta precisão. Além disso, eles também medem a quantidade de chuva em intervalos curtos, em questão de segundos. 

Os engenheiros hidrológicos do SGB-CPRM elaboram modelos de previsão com base nos dados de níveis do rio e informações sobre a previsão de chuvas. Esses modelos são construídos a partir de uma análise da série histórica das chuvas e dos níveis dos rios, permitindo prever comportamentos futuros.

Os dados hidrológicos são recebidos, analisados e processados pela equipe da CPRM. Em seguida, eles são consolidados em boletins de monitoramento, que são encaminhados às defesas civis estaduais e municipais, assim como órgãos governamentais relacionados. 

Quando necessário, são também emitidos boletins de alerta hidrológico, com previsões adicionais sobre os níveis dos rios. Essas informações permitem que os órgãos competentes se preparem da melhor maneira possível para lidar com o evento.

Situação no RS

Segundo especialistas ouvidos pelo g1, o nível do Rio Guaíba deve permanecer acima do limite para inundação, que é de três metros.

Na manhã desta segunda-feira (6), o nível do rio estava em 5,26 metros. A previsão é que ele se estabilize em torno dos quatro metros ao longo dos próximos dez dias. 

Devido às condições adversas, a rodoviária da capital ficou inundada, levando ao cancelamento de todas as viagens de chegada e saída da cidade. Além disso, o Aeroporto Salgado Filho foi fechado devido ao elevado volume de chuvas.

Até o levantamento mais recente divulgado pela Defesa Civil, 83 pessoas morreram e outras quatro continuam sob investigação. Além disso, 111 pessoas estão desaparecidas e 276 feridas. 

Fonte: Redação Byte
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