Como funciona tela de anúncios em ponto de ônibus que ajuda mulheres à noite
Caso a mulher se sinta insegura, ela pode tocar em tela e será conectada por chamada de vídeo com uma profissional da empresa
"As noites para as mulheres podem ser difíceis", relata o início da campanha feito pela Eletromidia, que visa utilizar a tecnologia para ajudar mulheres que ficam sozinhas em pontos de ônibus durante a noite.
O que parece ser mais um banner de publicidade digital, é, na verdade, um equipamento com câmera noturna, microfone e conexão com a internet. O projeto "Guarded Bus Stop" detecta, por meio de um sensor, quando há somente uma pessoa no ponto.
Caso a mulher se sinta insegura, ela pode tocar na tela e será imediatamente conectada por chamada de vídeo com uma profissional da empresa.
"A detecção é realizada por meio de um sensor que monitora o fluxo de pessoas paradas e identifica quando alguém está sozinho. Após isso, uma vinheta na tela informa que o serviço de acompanhamento por videochamada está disponível para a pessoa acessar e ter companhia até seu ônibus chegar", disse a Eletromidia ao Byte.
O experimento ficou em um funcionamento por uma semana em cinco abrigos de ônibus em Campinas. Foram realizadas em média 150 chamadas por noite.
A ação inédita foi divulgada em um vídeo que mostra o projeto-piloto em operação na cidade de Campinas, em abril deste ano. O vídeo, elaborado pela agência AlmapBBDO, rendeu um Leão de Ouro na categoria Media Lions, no festival de Cannes, em junho.
De acordo com a Eletromidia, atualmente algumas marcas interessadas em fazer parte do projeto estão procurando os idealizadores para expandir a atuação em até 100 pontos pelas cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.
"O Guarded Bus Stop é mais uma iniciativa onde reforçamos a nossa missão de transformar a vida das pessoas. A ideia da ação é oferecer uma companhia e minimizar a sensação de vulnerabilidade de pessoas que estão sozinhas em pontos de ônibus por meio de uma chamada de vídeo", disse a empresa.
O Byte entrou em contato com a prefeitura de Campinas para verificar a possibilidade de implementação do projeto na cidade, de forma definitiva, e o órgão informou que "está buscando conversar com a empresa Eletromidia para tentar viabilizar o projeto".
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