Concorrentes do Google Shopping pedem ação antitruste na Europa
Os concorrentes do Google Shopping pediram novas ações das autoridades reguladoras antitruste da União Europeia para garantir que a empresa da Alphabet trate os rivais oferecendo serviços de compras igualmente.
Em 2016, o Google disse que permitiria que os concorrentes oferecessem anúncios no topo de uma página de pesquisa, dando-lhes a chance de competir em igualdade de condições, após a Comissão Europeia multar a empresa em 2,4 bilhões de euros.
"A proposta de solução do Google é incompatível com a decisão de proibição", disse um grupo de 19 rivais em carta à Comissária Europeia da Concorrência, Margrethe Vestager. O Google disse que estava cumprindo a ordem da UE.
O site britânico de comparação de preços Foundem, cuja queixa desencadeou a investigação da UE, a Twenga da França e os rivais no ramos de busca de viagens, mapeamento digital e publicação foram os subscritores da carta a Vestager.
"A proposta de solução atual do Google não é melhor do que as propostas de compromisso da empresa sob o comando do Comissário Almunia e, em alguns aspectos, pode ser pior", disse o grupo, referindo-se ao antecessor de Vestager que tentou resolver o problema com o Google sem a aplicação de multa.
A autoridade da concorrência da UE disse estar ciente das preocupações e buscou comentários dos rivais e do Google.
"A carta levanta vários argumentos que a Comissão já analisou como parte de sua avaliação contínua das medidas do Google", disse um porta-voz da autoridade na quarta-feira.
O porta-voz do Google, Al Verney, disse que a empresa está dando aos concorrentes uma chance justa.
"Conforme necessário, os serviços de comparação de compras têm a mesma oportunidade que o Google Shopping para exibir anúncios de compras de comerciantes nas páginas de resultados de pesquisa do Google", afirmou Verney.