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Conheça forma secreta de acalmar uma cascavel estressada

Segundo autores do estudo, esta é a primeira evidência de proteção social em répteis

6 jul 2023 - 15h07
(atualizado às 15h09)
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Cobra com uma corda servindo como objeto de controle inanimado
Cobra com uma corda servindo como objeto de controle inanimado
Foto: Chlesea Martin

Pesquisadores descobriram como cascavéis diminuem o estresse na presença de uma segunda cobra. Isso é comumente conhecido como amortecimento social, e geralmente analisado em aves e mamíferos. As novidades foram compartilhadas em um novo estudo publicado na revista científica Frontiers in Ethology.

Na pesquisa, a equipe de cientistas dos EUA identificou que a presença de uma segunda cobra reduziu significativamente a mudança nas frequências cardíacas das cascavéis depois que elas sofreram perturbações. É a primeira evidência de proteção social em répteis.

"Nós mostramos que quando duas cobras estão juntas e passam por uma situação estressante, elas podem amortecer a resposta de estresse uma da outra, muito parecido com o que acontece com os humanos quando eles passam por um evento estressante juntos", disse Chelsea Martin, primeira autora do estudo. 

Segundo ela, esse amortecimento da resposta ao estresse não foi relatado anteriormente em nenhuma espécie de réptil.

Experimento

Para o estudo, os cientistas avaliaram o amortecimento social em 25 cascavéis selvagens do Pacífico Sul em três cenários: quando as cobras estavam sozinhas, na presença de uma corda que servia como objeto de controle inanimado e enquanto os animais estavam na presença de um companheiro do mesmo sexo.

A medição dos batimentos cardíacos de cascavéis é  um indicador confiável de níveis agudos de estresse e amortecimento social. Para coletar dados, a equipe colocou eletrodos próximos ao coração dos animais e conectaram os sensores a um monitor de frequência cardíaca. 

Eles então colocaram as cobras em um balde – um ambiente de teste fechado e escuro.

Após um período de adaptação de 20 minutos, as cobras foram perturbadas artificialmente. Em seguida, Martin e a equipe de pesquisa mediram o aumento da frequência cardíaca das cobras a partir da linha de base, o tempo que levou para a frequência cardíaca voltar ao normal e o tempo que elas passaram chocalhando.

Martin diz que o estudo pode melhorar a imagem das cascavéis.

"Aos olhos do público, elas são muitas vezes difamadas. Nossas descobertas podem ajudar a mudar isso", acrescentou ela.

Fonte: Redação Byte
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