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Conheça o planeta rochoso como a Terra que pode ser potencialmente habitável

Apesar da promissora descoberta, ainda não é possível, com as tecnologias atuais, obter mais detalhes sobre a atmosfera do planeta

3 fev 2023 - 16h32
(atualizado às 16h36)
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Representação artística da superfície do Wolf 1069 b
Representação artística da superfície do Wolf 1069 b
Foto: NASA/Ames Research Center/Daniel Rutter

Uma equipe com 50 pesquisadores descobriu um novo exoplaneta (planeta localizado fora do Sistema Solar) rochoso, com a massa e tamanho parecidos com o da Terra, a apenas 31 anos-luz de nosso lar: ele é chamado de Wolf 1069 b.

Embora astrônomos já tenham cerca de 5.200 exoplanetas catalogados, menos de 200 deles são rochosos, o que torna a descoberta mais instigante. O Wolf 1069 b orbita a estrela anã vermelha Wolf 1069, em sua zona habitável, o que significa que a existência de água líquida em sua superfície pode ser possível.

"Quando analisamos os dados da estrela Wolf 1069, descobrimos um sinal claro e de baixa amplitude do que parece ser um planeta com massa aproximada da Terra", disse Diana Kossakowski, astrônoma do Instituto Max Planck de Astronomia na Alemanha, ao portal Space.

"Ele orbita a estrela em 15,6 dias a uma distância equivalente a um 15º da separação entre a Terra e o Sol", diz. 

O Wolf 1069 b recebe o equivalente a 65% da radiação solar que chega à Terra. Isso melhora suas perspectivas de habitação, com temperaturas de superfície variando entre -95,15 ºC e 12,85 ºC, com uma média de -40,14 ºC.

O exoplaneta está "preso" à sua estrela de forma que o mesmo lado está sempre virado para o astro — em um movimento parecido com o que faz a Lua em sua órbita ao redor da Terra. No entanto, mesmo sem um ciclo de dia e noite definido, os pesquisadores esperam que o lado diurno tenha chances de ter algumas condições habitáveis. 

Ainda não é possível, com as tecnologias atuais, obter mais detalhes sobre a atmosfera do Wolf 1069 b, nem identificar por marcadores que mostrem se o planeta, um dia, já abrigou vida.

Mas pesquisadores estão esperançosos com os avanços dos telescópios. "Isso acontecerá na próxima década (ou duas ou três) com tecnologias mais avançadas, então fique atento — talvez nossos netos testemunhem o encontro de vida em outro planeta", diz a cientista.

Fonte: Redação Byte
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