Conheça tecnologias que ajudam a garantir a segurança no Carnaval
Drones, proteção contra golpe do Pix e esforços de comunicação: tecnologia também vai pular a folia neste ano
O Carnaval já está com todo o clima nesta sexta-feira (17) e é claro que, para aproveitar a folia da melhor maneira, a segurança vem em primeiro lugar.
Para isso, algumas tecnologias nesses dias de festa na avenida serão usadas por autoridades públicas e entidades que organizam os eventos do maior espetáculo da Terra.
Na Bahia
A segurança pública da Bahia, por exemplo, vai contar com a tecnologia Long Term Evolution, um reforço para o sistema de rádio e telecomunicação. A novidade vai facilitar a transmissão em tempo real para as equipes de patrulhamento dos acessos da festa. A iniciativa integra o investimento de R$ 70 milhões em segurança por parte do estado.
Além disso, câmeras e drones serão usados para monitorar o fluxo de pessoas dentro e fora dos circuitos. Apenas em Salvador, serão instalados 42 portais de abordagem com sistema de reconhecimento facial, que funcionarão 24 horas por dia e estarão nos acessos aos circuitos Barra-Ondina, Osmar (Campo Grande) e Batatinha (Pelourinho).
Das 300 câmeras espallhadas em todos os circuitos, 130 contarão com a tecnologia de reconhecimento facial. No entanto, essa tecnologia segue levantando debates sobre vieses racistas, por conta do banco de dados de suspeitos normalmente ser alimentado com bases de dados de pessoas negras.
Em São Paulo
O Carnaval de São Paulo não ficará atrás. Equipes de inteligência também estarão espalhadas para garantir segurança e observar tentativas de golpes do Pix ou "golpe da maquininha". Serão 14 mil agentes da Polícia Militar, além de 168 drones para monitorar comportamentos suspeitos.
Em 2020, a última vez que o feriado foi oficialmente celebrado, o número de drones era de apenas 50, e o total de policiais trabalhando não chegava a 10 mil. Toda a operação também terá, pela primeira vez, parceria com o Corpo de Bombeiros para ajudar no policiamento ambiental em áreas rurais.
Outro alerta da segurança é sobre roubos de motocicletas e crimes como o cerco de cidades e explosões de caixas eletrônicos.
No Rio de Janeiro
Quem vai ver as escolas de samba passarem pela Marquês de Sapucaí, o sambódromo carioca, também verá drones e mais de 100 câmeras em ação, garantindo a segurança do evento.
O monitoramento da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) será cruzado com cerca de 5.000 câmeras do Centro de Operações da prefeitura do Rio de Janeiro e com o apoio dos órgãos públicos operacionais da cidade e do governo do estado – Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.
“A gente distribui câmeras por toda Sapucaí. É um Big Brother. De modo que possamos, com as equipes no campo, tomar decisões operacionais que possam minimizar qualquer tipo de risco ou confusão que aconteça", disse Luiz Gustavo Mostof, diretor de operações da Riotur.