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Covid: gene aumenta a proteção imunológica de pessoas que foram vacinadas

Cientistas da Universidade de Oxford descobriram que pessoas com um gene específico produzem níveis maiores de anticorpos contra covid, após vacinação

14 out 2022 - 14h32
(atualizado às 17h58)
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Algumas pessoas desenvolvem níveis maiores de proteção contra a covid-19 do que outras, mas, até hoje, a ciência não entende exatamente o porquê. Quando os indivíduos recebem a mesma vacina contra o coronavírus SARS-CoV-2, está diferença também pode ocorrer e, segundo pesquisadores britânicos, a resposta pode estar num alelo (versão específica) do gene HLA, chamado HLA-DQB1*06.

Publicado na revista científica Nature Medicine, o preprint — estudo que ainda não passou por revisão de pares — foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. De acordo com os autores, indivíduos que têm este alelo produzem mais anticorpos após a vacinação do que as outras pessoas.

Entre a população britânica, a variação do gene que, aparentemente, confere maior proteção contra a covid é relativamente comum. Os pesquisadores estimam que cerca de 30% a 40% da população local o tenha. Sabe-se que a função do gene está associada ao sistema imunológico e o ajuda a distinguir as proteínas do próprio corpo das proteínas estranhas, produzidas por vírus e bactérias.

Como descobriram o gene que aumenta a proteção contra covid?

Foto: frender/envato / Canaltech

Na pesquisa de Oxford, os cientistas analisaram amostras de sangue de participantes inscritos em diferentes estudos clínicos para as vacinas da covid no Reino Unido, incluindo pessoas com mais de 18 anos que receberam a primeira dose da Covishield (Astrazeneca/Oxford) ou da Comirnaty (Pfizer/BioNTech). Amostras de DNA de crianças que foram vacinadas também foram analisadas.

Após análises, os autores descobriram que os indivíduos que carregavam o alelo do gene eram mais propensas a ter níveis mais altos de anticorpos e, com isso, maior proteção contra o coronavírus. A concentração superior foi medida, pela primeira vez, um mês após a primeira dose do imunizante, mas se manteve mais alta durante todo o período avaliado.

Além disso, os cientistas avaliaram que as pessoas portadoras do gene específico tinham menor risco de serem infectadas pelo vírus da covid que as outras nos primeiros meses do pós-vacinação. No total, foram acompanhadas por 494 dias.

Mais estudos ainda são necessários para confirmar a descoberta

"A partir deste estudo, temos evidências de que nossa composição genética é uma das razões pelas quais podemos diferir uns dos outros em nossa resposta imune após a vacinação contra a coivd-19", explica Julian Knight, professor de genômica da universidade, em comunicado.

No entanto, "mais trabalhos são necessários para entender melhor o significado clínico desta associação específica", acrescenta o professor. Inclusive, outros fatores que reduzem o risco da covid, como idade e comorbidades, devem ser avaliados.

Fonte: Nature Medicine e Universidade de Oxford  

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