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Covid grave deixa traços similares aos da velhice no cérebro, diz estudo

Cientistas analisaram marcadores do córtex frontal, região importante em processos cognitivos, para saber impacto da doença a longo prazo

5 dez 2022 - 15h51
(atualizado às 15h52)
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Cérebro pode ser afetado pela covid-19 de formas semelhantes ao processo de velhice
Cérebro pode ser afetado pela covid-19 de formas semelhantes ao processo de velhice
Foto: Poder360

Um estudo publicado na revista Nature revelou que as alterações que ocorrem no cérebro de pacientes que tiveram um quadro grave de covid-19 são similares às alterações causadas pela velhice no mesmo órgão.

O trabalho é preliminar e ainda precisará ser confirmado por abordagens complementares. Os cientistas descobriram que os principais genes ativos no cérebro de pessoas mais velhas são os mesmos dos que desenvolveram a doença de forma crítica.

Foram analisadas amostras retiradas do córtex frontal, uma região do cérebro muito importante para a cognição, de 21 pessoas que tiveram covid grave quando vieram à óbito e de mais uma pessoa assintomática com Sars-CoV-2 no momento de sua morte.

A equipe então pegou mais 22 amostras de pessoas que não tinham histórico de infecção com o vírus da Covid. Para fins de controle, os pesquisadores separaram ainda um outro grupo, chamado de grupo controle, formado por pessoas que não tiveram covid, mas passaram por algum quadro grave que exigiu respiradores ou tratamento na UTI. A ideia era analisar se especificamente a doença, e não o tratamento a ela, poderia ser a causa das mudanças.

Os cientistas descobriram que os genes associados à inflamação e estresse eram mais ativos em cérebros de pacientes de covid grave do que no cérebro de pacientes do grupo controle, e genes ligados à cognição e à formação de conexões entre as células cerebrais eram menos ativos. A pesquisa também descobriu que, entre as pessoas não infectadas, os que tinham 71 anos ou menos tiveram alterações cerebrais semelhantes às observadas em pacientes com covid grave.

As possíveis consequências da covid no corpo humano ainda não são totalmente conhecidas pela comunidade científica, principalmente no longo prazo. Com o estudo, os cientistas pretendem se preparar melhor para lidar com os efeitos da pandemia ao longo dos anos.

“Isso abre uma infinidade de questões importantes, não apenas para entender a doença, mas para preparar a sociedade sobre quais podem ser as consequências da pandemia”, diz a neuropatologista Marianna Bugiani, do Amsterdam University Medical Centers (Holanda).

Fonte: Redação Byte
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