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Crânio de macaco recriado no computador reforça elo com evolução humana

Pierolapithecus catalaunicus seria um dos primeiros membros dos grandes macacos e da família humana; fóssil de crânio foi descoberto em 2004

17 out 2023 - 16h52
(atualizado às 16h54)
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Da esquerda para a direita: o crânio de Pierolapithecus logo após a descoberta, a preparação inicial e a reconstrução digital
Da esquerda para a direita: o crânio de Pierolapithecus logo após a descoberta, a preparação inicial e a reconstrução digital
Foto: David Alba (esq.), Salvador Moyà-Solà (meio), Kelsey Pugh (dir.) / Reprodução/AMNH

Um novo estudo publicado na segunda (16) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences traz uma reconstrução digital de um fóssil de crânio descoberto há 19 anos do Pierolapithecus catalaunicus, espécie de primata que pode ser um dos ancestrais dos seres humanos.

A equipe responsável pelo feito inclui Ashley Hammond, presidente da Divisão de Antropologia do Museu Americano de História Natural (EUA); além de outros pesquisadores da insttituição e colegas do Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont, na Espanha.

O resultado foi uma "harmonização facial" digital no crânio a partir de tomografias computadorizadas. A imagem acima, à direita, é o resultado disso e dá mais indícios de que este seria um dos primeiros membros dos grandes macacos e da família humana.

"Um dos problemas persistentes nos estudos da evolução humana é que o registro fóssil é fragmentário, e muitos espécimes são incompletamente preservados e distorcidos", disse Hammond.

"Isso torna difícil chegar a um consenso sobre as relações evolutivas dos principais macacos fósseis que são essenciais para entender o macaco e a evolução humana."

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Com isso, os cientistas descobriram que o Pierolapithecus é semelhante em forma e tamanho de rosto geral tanto em relação a macacos fossilizados quanto vivos. Também tem características distintas não encontradas em outros macacos do mesmo período de tempo.

"As características do crânio e dos dentes são extremamente importantes para resolver as relações evolutivas das espécies fósseis; e quando encontramos esse material associado aos ossos do resto do esqueleto, isso nos dá a oportunidade de não apenas colocar com precisão a espécie na árvore genealógica dos hominídeos, mas também de aprender mais sobre a biologia do animal em termos de, por exemplo, como ele estava se movendo em torno de seu ambiente", disse Kelsey Pugh, pesquisadora do museu e a autora principal do estudo.

O Pierolapithecus fazia parte de um grupo diversificado de espécies de primatas extintos que viviam na Europa de 15 a 7 milhões de anos atrás. Estudos anteriores da espécie sugerem que seu corpo ereto existiu antes de adaptações que permitiram que os hominídeos se pendurassem em galhos de árvores e se movessem entre eles. Seus restos mortais foram descobertos em 2004 na Catalunha, na Espanha.

Fonte: Redação Byte
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