Craque em cultura pop, Carol Moreira até ralou a perna por entrevista
Influenciadora fala sobre cultura, cinema, séries e crimes reais no Instagram e em seu canal no YouTube
A jovem que trabalhava nos bastidores nunca imaginou que teria a oportunidade de fazer a cobertura dos maiores eventos mundiais de entretenimento, como Emmy, Globo de Ouro e Comic Con San Diego. A influenciadora Carol Moreira fala sobre cultura, cinema, séries, crimes reais e outros temas para os mais de 360 mil seguidores no Instagram e 900 mil inscritos em seu canal no YouTube.
Em parceria com a escritora e roteirista Mabê Bonafé, Carol também comanda o podcast de crimes reais Modus Operandi. O projeto fez tanto sucesso que elas lançaram o livro “Modus Operandi: Guia de True Crime”, publicado pela editora Intrínseca.
Carol Moreira começou atuando como assistente de direção, produziu vídeos publicitários, trabalhou na TV Universitária da Universidade de Brasília (UNB), onde aprendeu a gravar, fazer entrevistas e editar. Após se formar em Audiovisual, mudou-se para São Paulo, passou pela Record TV e o site de cultura pop Omelete.
Neste último emprego, ela conta que passou a focar mais no “mundo nerd”. Até então, a influenciadora tinha um blog de maquiagem.
O canal no YouTube falava inicialmente sobre beleza mas migrou para filmes e séries após sua passagem pelo Omelete. Em seguida, Carol Moreira começou a trabalhar na Warner Channel e investiu cada vez mais no canal do YouTube, que já tem 13 anos de existência.
Veja a entrevista completa a Byte abaixo, com direito a um curioso momento em que ralou a perna para conseguir uma entrevista com um ator de "Game of Thrones".
Qual a parte mais legal do seu trabalho?
Carol Moreira: Tem várias partes legais! Eu gosto muito de fazer as entrevistas, de falar com as celebridades, falar com os artistas, com diretores de cinema. Imagina, quando eu estudei na faculdade nunca achei que eu teria esse acesso.
Trabalhar com que a gente gosta é uma benção, mas também é um problema. Por exemplo, tem que assistir muita série, muitos filmes, e aí quando isso vira seu trabalho às vezes você não está afim. Aí eu vou ler um livro, vou andar de bicicleta, eu tenho outros hobbies também.
Mas, mesmo assim gosto de assistir minhas séries e meus filmes também como hobby. Aí eu assisto coisas que são mais aleatórias assim quando temos um gêneros que são mais.
Tem temas ou gêneros que são seus preferidos para comentar?
Carol Moreira: Eu comento de tudo sabe, eu gosto de um pouco de tudo. Eu acho que foco em coisas que são mais difíceis de explicar, que é uma coisa que eu fui fazendo sem querer ao longo dos anos.
Por exemplo, explicar Dark, explicar Westworld, que eram séries difíceis. Atualmente, a série Succession, que tem coisas mais complexas de entender, mas eu gosto de tudo.
Quais os eventos mais marcantes que você já cobriu?
Carol Moreira: Eventos marcantes tem vários, mas o Emmy Awards, que é a premiação das séries. Eu fiz o tapete vermelho por alguns anos e foi muito legal.
Foi muito massa eu também ir para a San Diego Comic Con, fui vários anos já sei até os melhores banheiros para usar lá, porque é lotado! Teve também a CCXP aqui no Brasil, o People's Choice Award, festa do Globo de Ouro. Realmente, umas oportunidades incríveis, eu sei que sou muito privilegiada.
Tem alguma história curiosa ou engraçada de bastidores de eventos com famosos?
Carol Moreira: Teve um Emmy que a gente conseguiu acesso aos bastidores após a premiação. Então, quem ganhasse saía com o troféu para essa área que tinham vários repórteres fazendo entrevistas. E tivemos acesso a isso quando eu trabalhava na Warner.
Estava ali entrevistando os ganhadores e eu vi o Kit Harington, de Game Of Thrones, passando com o troféu dele lá atrás, bem longe. Perguntei ao meu produtor se eu poderia correr lá para tentar entrevistá-lo, eles falaram sim. Aí eu peguei meu microfone para mostrar para ele que eu era da Warner e segurei meu vestido, porque a gente vai todo arrumado de salto né, chique.
Ele estava conversando com outra atriz e não quis interromper, o segurança me alertou que ele estava conversando e aguardei. Mas aí eu vi que não ia rolar e achei melhor voltar para o meu posto.
O engraçado é que me humilhei, saí correndo, fui lá com o salto e tudo só que à noite quando eu fui tomar banho eu senti muita dor e ardência na perna. O paetê do meu vestido tinha ralado toda a minha perna, é muito de perrengue chique. Minha perna ficou semanas com o ralado que surgiu na correria para falar com o Jon Snow e não deu certo.
Como é a Carol fora da web? O que você curte fazer quando está offline?
Carol Moreira: Quando eu tô offline eu gosto de fazer crochê! Sim, eu aprendi desde criança com a minha avó, com a minha mãe, então é um hobby que eu tenho. Eu faço blusinha, faço tapete, roupa de cachorro. Eu gosto muito de fazer crochê.
Também eu gosto muito de andar de bicicleta, de fazer exercício, meditar. Às vezes eu e meu noivo ficamos na cama com uma luz baixa conversando, ouve uma música. Tento sair um pouco da internet. Eu amo ler livros, sempre estou lendo uns dois três livros ao mesmo tempo.
Como o Modus Operandi começou e como surgiu o interesse em falar sobre crimes reais?
Carol Moreira: O Modus Operandi foi uma ideia minha e da Mabê, no começo do projeto tinha Bel Rodrigues também, que depois acabou saindo, mas nós duas sempre gostamos muito de falar de true crime.
A gente conversava muito no WhatsApp sobre as novidades e o episódio novo de tal série, nos divertíamos muito falando desses temas E aí a Mabê teve a ideia de fazer um podcast.
O podcast começou em 2020, e desde então a gente foi crescendo. Hoje em dia estamos no [serviço de streaming] Globoplay e isso virou um livro. Foi muito massa escrever esse livro, hoje em dia nós somos o primeiro podcast de true crime do Brasil, então foi um processo muito, muito gostoso.
Quais são seus principais projetos e metas daqui para frente?
Carol Moreira: Em breve eu vou ter um projeto novo, que é mais voltado para notícias e vai ser bem legal! Eu gostaria muito de ter um programa em TV aberta, falar de filmes e séries na TV aberta, porque até hoje, por incrível que pareça, não tem nenhum programa que bomba falando disso da TV aberta.