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Cresce o número de casos de câncer de intestino no Brasil

Diagnósticos de câncer de intestino estão em alta no Brasil e, segundo o Inca, são mais comuns que o câncer de pulmão. Tumor está associado com estilo de vida

16 jan 2023 - 12h06
(atualizado às 15h06)
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O câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, é um dos tipos mais comuns de câncer no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Infelizmente, nos últimos anos, este tipo de tumor está se tornando ainda mais comum e prevalente na população brasileira.

Câncer de intestino, por definição, é o diagnóstico dado a qualquer tumor que se inicie na região do intestino grosso (cólon), do reto (final do intestino) ou do ânus. Normalmente, surgem a partir do crescimento de lesões benignas, conhecidas como pólipos — quando identificadas, devem ser acompanhadas regularmente. Em caso de diagnóstico precoce, a chance de cura é alta.

Vale lembrar que, nos últimos meses, diversas celebridades anunciaram casos de câncer de intestino, como as cantoras Preta Gil, de 48 anos, e Simony, de 46, além dos ex-jogadores de futebol, Pelé e Roberto Dinamite, que faleceram em decorrência da doença. Embora tenham ganhado destaque na mídia, outros milhares de pacientes anônimos foram diagnosticados no mesmo período.

Diagnósticos de câncer de intestino estão aumentando no Brasil?

De acordo com levantamento do Inca, o câncer de intestino é o quarto tipo mais comum entre os brasileiros. No ranking nacional, o câncer de pele não melanoma, o câncer de mama feminina e o câncer de próstata configuram, respectivamente, as três primeiras posições.

Foto: Julost/Envato / Canaltech

Em 2022, foram estimados 45,6 mil novos casos do câncer de intestino no Brasil, sendo 21,9 mil em homens e 23,6 mil em mulheres. Neste período, foram contabilizados 20,2 mil mortes em decorrência do tumor, sendo 9,8 mil em homens e 10,3 mil em mulheres.

Sobre o aumento de casos deste tipo de tumor, o Inca destaca que o câncer de intestino se tornou mais incidente apenas nos últimos anos na população brasileira. Até então, os tumores de pulmão e de colo de útero eram mais prevalentes entre os brasileiros.

Por que há aumento nos casos de câncer de intestino?

No caso do câncer de cólon e reto, os hábitos e estilo de vida do indivíduo têm bastante influência no aumento de risco. Por exemplo, adotar uma alimentação saudável — rica em fibras —, praticar atividades físicas regularmente, não beber em excesso e nem fumar ajudam a prevenir (e muito) esta doença, informa o Inca. Além disso, o risco aumenta naturalmente após os 50 anos.

Pensando na questão alimentar, "o principal vilão é o grupo dos alimentos ultraprocessados. Esses alimentos predispõem o sobrepeso e a obesidade, estando diretamente associados a um aumento do risco de câncer colorretal", afirma a médica endoscopista Crislei Casamali, em artigo para o Ministério da Saúde. Excesso de carnes vermelhas também contribui com o problema.

Entre os alimentos associados ao aumento do risco, o Inca destaca as carnes processadas:

  • Salsicha;
  • Mortadela;
  • Linguiça;
  • Presunto;
  • Bacon;
  • Peito de peru;
  • Salame.

O que pode diminuir o risco de câncer?

Por outro lado, a alimentação saudável pode ser adotada como um fator de proteção contra o câncer de intestino. Isso significa que a pessoa deve incluir, na sua rotina, o consumo de frutas, legumes, verduras, cereais e oleaginosas. Basicamente, o indivíduo deve descascar mais e desembalar menos. Para a médica Casamali, incluir peixes na dieta — de uma a duas vezes na semana — é bastante vantajoso, já que o alimento é rico em Ômega 3.

Inclusive, este tipo de alimentação saudável é recomendado para quem foi diagnosticado com o câncer. "Existem tratamentos diversos para o momento de cada paciente, porém, em geral, são recomendados esses mesmos grupos de alimentos, pois eles têm impacto direto no prognóstico e na cura do paciente", completa.

Em caso de suspeitas de câncer de intestino, sangue nas fezes ou dúvidas sobre a doença, um médico deve ser consultado. O diagnóstico da doença e o tratamento oncológico adequado são individuais.

Fonte: Inca e Ministério da Saúde    

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