Criadora do ChatGPT lança IA GPT-4 e promete soluções mais precisas
OpenAI diz que várias empresas devem integrar GPT-4 em seus programas, mas CEO da empresa avisa que sistema "ainda é defeituoso e limitado"
A OpenAI anunciou nesta terça-feira (14) o GPT-4, nova versão de sua plataforma de inteligência artificial voltada à linguagem, que está por trás de programas como o ChatGPT, um dos maiores sucessos da tecnologia em 2023, e o novo Bing, buscador da Microsoft.
Segundo o site da empresa dos EUA, o novo modelo é “mais criativo e colaborativo do que nunca” e capaz de “resolver problemas difíceis com maior precisão.”
Sobre o primeiro ponto, o GPT-4, diz a OpenAI, pode gerar, editar e interagir com os usuários em tarefas de escrita criativa e técnica, como compor músicas, escrever roteiros ou aprender o estilo de escrita de um usuário.
Já quanto à precisão na solução de problemas, a companhia diz que isso se deve ao seu conhecimento geral mais amplo e novas habilidades.
Como exemplo disso, a página mostra o seguinte pedido ao modelo: "Explique o enredo de 'Cinderela' em uma frase em que cada palavra deve começar com a próxima letra do alfabeto de A a Z, sem repetir nenhuma letra." E o resultado é bem sucedido no idioma inglês.
Em outro exemplo, o usuário informa à máquina: "Andrew está livre das 11h às 15h, Joanne está livre do meio-dia às 14h e depois das 15h30 às 17h. Hannah está disponível ao meio-dia por meia hora e depois das 16h às 18h. Quais são algumas opções para horários de início de uma reunião de 30 minutos para Andrew, Hannah e Joanne?"
O resultado então sugere da faixa de horário de disponibilidade comum para uma reunião de 30 minutos entre os três: das 12h às 12h30.
Ainda com falhas?
No entanto, diz o New York Times, a nova tecnologia da OpenAI ainda traz falhas. "É um especialista em alguns assuntos e um diletante em outros", diz o texto.
"Ele pode fazer melhor em testes padronizados do que a maioria das pessoas e oferecer conselhos médicos precisos aos médicos, mas também pode se atrapalhar com aritmética básica", continua a notícia do jornal.
Sobre isso, o CEO da OpenAI, Sam Altman, tuitou que o GPT-4 “ainda é defeituoso, ainda limitado”. “As pessoas estão implorando para ficarem decepcionadas e estarão”, disse o mesmo Altman em uma entrevista sobre o GPT-4 em janeiro. “O hype é como... Não temos uma AGI [inteligência artificial geral] real e é isso que se espera de nós.”
Ainda assim, a OpenAI diz que várias empresas devem integrar o GPT-4 em seus programas, como o app de idiomas e a plataforma de educação Khan Academy.