Criança de 4 anos é queimada por planta; saiba mais sobre espécie causadora
Seiva da planta retira da pele a capacidade de se proteger do sol
Uma menina britânica de quatro anos sofreu graves queimaduras nas pernas após ter contato com uma planta venenosa conhecida como a "mais perigosa da Grã-Bretanha". O incidente ocorreu enquanto a menina fazia um passeio em Cheshire, condado no noroeste da Inglaterra, com sua mãe, Keri Beacall.
Segundo Beacall, a criança começou a reclamar de dor nas pernas durante o passeio, o que foi inicialmente atribuído ao cansaço. Entretanto, quando a mãe levou a filha ao banheiro, viu que a pequena tinha queimaduras nas pernas, mesmo usando uma calça legging.
Ela havia esbarrado em uma Heracleum mantegazzianum, planta cuja seiva venenosa reage com a pele humana. No dia seguinte, as feridas se agravaram e a criança foi levada ao hospital, onde recebe tratamento.
Os médicos informaram que as lesões estão entre uma queimadura com água fervente e uma queimadura provocada pelo fogo. A mãe também mencionou que a experiência deixou cicatrizes emocionais na criança, que antes era uma verdadeira aventureira, mas agora vive com medo de plantas venenosas.
Conheça a espécie
A Heracleum mantegazzianum é uma espécie invasora, introduzida na Grã-Bretanha e na Irlanda no século 19. A planta é considerada por especialistas como uma das mais perigosas da região.
A origem do perigo é sua seiva, que inibe a capacidade da pele de se proteger contra os raios solares. Assim, quem entra em contato com a substância pode não perceber nada na hora, mas acabar com queimaduras graves.
Para quem se expôs à espécie, é aconselhável lavar completamente a área afetada, procurar um médico e evitar a luz solar por alguns dias. As autoridades locais também pedem que qualquer avistamento da planta seja relatado imediatamente para que medidas de erradicação possam ser tomadas.
A Forestry England, administradora do local onde o incidente com a menina britânica ocorreu afirmou que não tinha conhecimento da presença da planta no local. Eles também acrescentaram que possuem um plano de gerenciamento para lidar com a Heracleum mantegazzianum nas áreas que administram e que exibem sinais de segurança para alertar os visitantes.