De lágrimas de alegria a ciúmes: 5 coisas que a ciência sabe sobre cachorros
Dizem que os cachorros são os melhores amigos dos homens. Veja algumas curiosidades a ciência descobriu recentemente sobre eles
O Dia Mundial do Cachorro é celebrado nesta sexta-feira (25) e ele, que é o melhor amigo do homem, é um dos pets mais queridos no mundo inteiro. Seu comportamento rende vídeos fofos engraçados em todas as redes sociais, e ele é tão companheiro que às vezes até esquecemos que estamos na companhia de outra espécie.
A ciência, ao longo dos anos, foi nos ajudando a descobrir mais coisas sobre esse animal tão amado pelas pessoas. Vamos às descobertas dos últimos tempos:
1. Cães podem chorar lágrimas de alegria ao reencontrar seus tutores
Um estudo feito por cientistas japoneses e publicado no periódico científico "Current Biology" mostrou que os cães são capazes de chorar lágrimas de alegria por meio da ocitocina, que é conhecida como o hormônio do amor. A ocitocina é responsável por coordenar laços emocionais que os humanos possuem com outras pessoas e também com pets.
Para realizar o estudo, os cientistas mediram o volume lacrimal dos cães antes e depois de se encontrarem com seus tutores e também antes e depois de encontrarem uma pessoa aleatória. Assim, descobriu-se que havia um aumento do volume lacrimal quando a pessoa encontrada era o tutor ou a tutora. Ou seja, há uma valorização da proximidade nos cães.
2. Cachorros conseguem nos compreender em certa medida
Pesquisadores da Universidade Emory, nos Estados Unidos, fizeram análises do comportamento dos cães para um estudo e concluíram que eles conseguem compreender algumas tentativas de comunicação dos humanos. Por meio de ressonância magnética, os cientistas analisaram mecanismos usados pelos cães para diferenciar palavras.
A pesquisa, publicada na revista "Frontiers in Neuroscience", mostra que quando os humanos estão brincando com objetos e os animais, a região cerebral auditiva dos cães fica mais ativa quando são ditas palavras não relacionadas ao objeto. O que é curioso, porque, com os humanos, a nossa ativação neural é maior quando são ditas palavras conhecidas, e não novas.
A hipótese para isso é de que os cachorros fazem esforços para tentar compreender os humanos e agradá-los. De acordo com o professor Gregory Berns, autor sênior do estudo, os cachorros podem ter motivações variadas para tentar entender os humanos, mas aparentemente eles têm uma representação neural para o significado das palavras que são ensinadas a eles.
3. Cães usam o campo magnético como orientação
Assim como pássaros, baleias e golfinhos, os cachorros conseguem se orientar pelo campo magnético da Terra, de acordo com um estudo colaborativo do Departamento de Gestão de Jogos e Biologia da Vida Selvagem com outras universidades.
Esse campo magnético é capaz de fornecer aos cachorros uma referência “universal”, ideal para longas migrações. Os pesquisadores usaram rastreadores GPS para investigar 27 cães que navegaram em 662 expedições de 2014 a 2017 na República Tcheca, e a maioria correu ao longo do eixo norte-sul da Terra.
4. Cachorros sentem ciúmes
Um estudo realizado pela cientista Christine Harris, da Universidade da Califórnia, mostrou que, de fato, os cães sentem ciúmes dos seus donos. Num experimento com 36 cães, os animais procuraram seus donos duas vezes mais quando eles estavam com cães de pelúcia do que quando interagiam com outro brinquedo ou com um livro.
Quando um cão está com ciúmes, ele pode manifestar algumas reações como latidos e rosnados, movimentos agitados do rabo, mecanismos para fazer parte da interação entre a pessoa querida e a “rival”, ansiedade e inquietação. No experimento, além dos latidos, foi muito comum que os cachorros empurrassem o cão de pelúcia e se intrometessem na situação.
5. Cães podem identificar câncer de próstata
Segundo um estudo produzido pela Associação Americana de Urologia, os cães podem ser capazes de detectar o câncer de próstata. Isso foi comprovado em um experimento em que os animais identificaram amostras de urinas de homens com a doença, com 98% de acerto. Isso acontece por conta do olfato superapurado desses animais.
Outras pesquisas já foram realizadas no mesmo sentido, como a pesquisa da empresa Medical Detection Dogs, no Reino Unido. Ela mostrou cães identificando corretamente as amostras com a doença em 71% das vezes e tendo sucesso também ao ignorar 73% das amostras negativas. Os índices são semelhantes ao teste de câncer de próstata mais usado, o PSA (antígeno prostático específico, da sigla em inglês).