De mulher na Lua a reator nuclear poderoso: veja 5 pontos altos da ciência em 2023
Meio ambiente, ida à Lua e vacina contra a dengue foram alguns dos destaques este ano
O ano de 2023 foi marcado por importantes avanços científicos em áreas como saúde, tecnologia e meio ambiente. Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina Qdenga, desenvolvida pela Takeda, que virou uma nova ferramenta na prevenção contra a dengue ao ampliar a faixa etária de aplicação, em comparação com vacinas anteriores.
No cenário espacial, a Índia tornou-se pioneira ao pousar a sonda Chandrayaan-3 no polo sul da Lua. Enquanto isso, a astronauta Christina Koch já garantiu seu nome na história ao ser confirmada como a (futura) primeira mulher a pisar na Lua, na missão Artemis III prevista para o final de 2025.
Avançando para o âmbito da energia nuclear, em outubro o dispositivo de fusão JT-60SA, um tokamak supercondutor, gerou seu primeiro plasma. Essa conquista, celebrada pelo Japão e pela União Europeia, destaca os esforços na busca por fontes de energia limpa e sustentável, replicando os processos que ocorrem nas estrelas.
Por fim, em dezembro, a COP-28, cúpula climática das Nações Unidas em Dubai, reforçou a capacidade da inteligência artificial (IA) em processar grandes volumes de dados para gerar insights valiosos na esfera climática internacional.
Ida à Lua
Em 23 de agosto de 2023, a Índia se tornou o primeiro país a pousar uma sonda no polo sul da Lua. A sonda, chamada Chandrayaan-3, foi lançada pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO).
A sonda pousou na cratera Manzinus C, uma cratera permanente sombreada que é considerada um bom lugar para procurar água na Lua.
O veículo carregava um conjunto de instrumentos científicos que serão usados para estudar a superfície e a atmosfera do nosso satélite.
Xô, dengue
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em março de 2023, a vacina Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, para prevenir a dengue.
O imunizante, composto por quatro sorotipos do vírus da dengue, oferece proteção ampla para pessoas acima de quatro anos até 60 anos.
Administrada em duas doses subcutâneas com intervalo de três meses, a Qdenga foi submetida a análises técnicas e a um painel de especialistas. Aprovada pela Anvisa, está sujeita a monitoramento de eventos adversos pela empresa.
Diferentemente da vacina anterior (Dengvaxia), para quem já teve dengue, a Qdenga pode ser usada por uma faixa etária mais ampla.
A vacina também recebeu aprovação para comercialização na União Europeia por meio do programa EU Medicines for All.
Mais próximos da energia nuclear
Em outubro, o dispositivo de fusão JT-60SA, um tokamak supercondutor, alcançou êxito ao gerar seu primeiro plasma. Foi oficialmente inaugurado em dezembro, celebrado pelo Japão e pela União Europeia.
O reator imita o processo de produção de energia das estrelas, aquecendo o hidrogênio a 200 milhões de graus Celsius para criar e confinar o plasma por cerca de 100 segundos, utilizando um sistema magnético formado por 28 bobinas supercondutoras.
Sua relevância está na pesquisa para a obtenção de energia por fusão nuclear, visando desenvolver uma fonte de energia limpa e sustentável ao replicar os processos que ocorrem no Sol e em estrelas.
Primeira mulher na Lua
A astronauta Christina Koch está prestes a fazer história ao se tornar a primeira mulher a chegar à Lua. O lançamento da missão Artemis II está previsto para o fim de 2024 com ela e outros astronautas orbitando o satélite. Na Artemis III, com previsão para o final de 2025, a mesma equipe andará na Lua.
Quando esta última acontecer, Koch se juntará ao grupo de apenas 12 pessoas que já pisaram no solo lunar em toda a história da Humanidade. Ela é uma astronauta experiente, com mais de 300 dias no espaço. Também é uma pioneira, sendo a mulher que ficou o maior tempo contínuo no espaço até agora.
A missão Artemis III será um marco importante para a exploração espacial, pois marcará o retorno dos humanos à Lua pela primeira vez em mais de 50 anos.
E o clima?
A COP-28, cúpula climática das Nações Unidas realizada em Dubai, que aconteceu em dezembro, destacou o papel da inteligência artificial (IA) como uma ferramenta essencial para acelerar esforços globais contra as mudanças climáticas.
Empresários e pesquisadores ressaltaram a capacidade da IA em processar grandes volumes de dados para gerar insights valiosos na luta contra o aumento das temperaturas.
No evento de abertura, a ONU anunciou uma parceria com a Microsoft para criar uma ferramenta baseada em IA, visando monitorar o cumprimento das promessas de redução de emissões pelos países, uma questão crucial na diplomacia climática internacional.
Além disso, foram apresentadas pesquisas sobre o potencial da IA na redução de emissões de poluentes na produção de alimentos, na identificação de novos projetos de energia renovável e no gerenciamento da eletricidade durante eventos climáticos extremos.