Demanda por 5G faz Nokia superar previsões, mesmo com escassez na cadeia de suprimentos
A fabricante de equipamentos de telecomunicações Nokia divulgou resultados trimestrais mais fortes do que o esperado nesta quinta-feira, com apoio da demanda por equipamentos 5G, apesar das restrições da cadeia de suprimentos e dos preços mais altos dos componentes.
A empresa finlandesa vem ganhando terreno contra rivais como a sueca Ericsson e a chinesa Huawei depois que tornou seus produtos mais competitivos investindo pesado em pesquisa e encontrou formas de cortar custos de outras áreas.
Mas uma escassez global de chips e novos lockdowns na China também pressionaram as cadeias de suprimentos, também elevando os preços das peças usadas na fabricação.
"Estamos nos envolvendo com nossos clientes agora com o objetivo de ver quanto disso pode ser repassado aos preços dos clientes", disse ele.
Desde que assumiu o comando da empresa em 2020, Lundmark tem se focado na redução de custos e fez mudanças para recuperar a empresa de erros passados que atingiram as ambições para o 5G.
Embora a Nokia enxergue uma demanda maior de Américas, Europa e partes da Ásia, países como a Índia - que deve ser um grande impulsionador da demanda 5G - ainda não iniciaram uma implantação em grande escala.
O lucro operacional comparável da Nokia no primeiro trimestre subiu de 551 milhões para 583 milhões de euros, superando a previsão média de 513 milhões de euros de analistas consultados pela Refinitiv.
A infraestrutura de rede cresceu 9% em moeda constante, impulsionada pela forte demanda em redes fixas e submarinas.
As vendas líquidas cresceram 5%, para 5,35 bilhões de euros, superando as estimativas de 5,26 bilhões. A empresa reafirmou sua perspectiva de vendas líquidas para o ano entre 22,9 bilhões e 24,1 bilhões de euros em moeda constante.
No início do mês, a Nokia anunciou uma retirada da Rússia que provocaria uma provisão de 100 milhões de euros, mas manteve sua perspectiva para o ano.