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Demissões no Twitter atingem equipe responsável por combater desinformação nos EUA

Funcionários da empresa esperam uma redução de pelo menos 50% do quadro

4 nov 2022 - 17h12
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As demissões em massa de funcionários do Twitter iniciadas nesta sexta, 4, afetaram também a equipe americana responsável pelo monitoramento das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos (midterms), responsáveis por eleger deputados e senadores federais e o segundo principal evento do calendário democrático americano. Outras áreas da companhia também foram afetadas pelos cortes, como ética e segurança.

Ao todo, espera-se que, nos próximos dias, Elon Musk conclua a demissão de metade ou até 75% dos 7,5 mil funcionários do Twitter. No Brasil, times inteiros estão em suspenso, sem saberem se estão demitidos — motivo pelo qual ainda não é possível mensurar o impacto por aqui.

Segundo a revista Forbes americana, os funcionários da equipe de moderação que não foram demitidos perderam acesso a ferramentas críticas para realizar a moderação de conteúdo, que inclui marcar posts ofensivos ou de discurso de ódio. Ainda assim, um funcionário declarou à publicação que "mesmo com todo esse barulho, ainda estamos com um preparo melhor do que nas eleições (americanas presidenciais) de 2020?, disse, citando recursos de automação desenvolvidas desde então.

O time de curadoria foi extinto a nível global, segundo ex-funcionários publicaram na rede social. "Esse pessoal era responsável por atacar a desinformação, contextualizar as conversas pela página 'Explorar' e ajudar a tornar o Twitter uma fonte inequiparável para as notícias urgentes", tuitou o jornalista Richie Assaly, do Toronto Star. "Isso fará do Twitter um lugar mais barulhento, perigoso e menos interessante."

Demissões em massa no Twitter

Na última quinta, funcionários da empresa foram notificados por e-mail sobre a possibilidade de desligamento do Twitter nas horas seguintes. Pela manhã, a notícia se concretizou e o Twitter acordou com inúmeros depoimentos de ex-funcionários espalhados pela rede social.

A única declaração de Elon Musk veio através de um tuíte. O bilionário citou uma queda de receita da empresa, culpando a pressão de ativistas nos anunciantes para interromper as publicidades pagas, "apesar de que nada mudou com a moderação do conteúdo."

"O Twitter teve uma queda massiva em receita, devido aos grupos de ativistas fazendo pressão em anunciantes, mesmo que nada tenha mudado com moderação de conteúdo e que tenhamos feito tudo o que pudemos para apaziguar os ativistas. Totalmente zoado! Eles estão tentando destruir a liberdade de expressão nos Estados Unidos.", publicou Musk.

Estadão
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