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Depressão e envelhecimento precoce: youtuber relata como é viver na cidade mais fria do mundo

Kiun B faz sucesso nas redes sociais com curiosidades sobre como é viver na cidade mais fria do mundo: Yakutsk, na Sibéria

20 mai 2024 - 13h43
(atualizado às 13h46)
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A criadora de conteúdo Kiun B faz sucesso nas redes sociais com curiosidades sobre como é viver na cidade mais fria do mundo: Yakutsk, na Sibéria. Com vídeos no YouTube, a mulher mostra os desafios de viver em uma cidade congelada; com atividades triviais como banho e lavar roupa se tornando um grande desafio. 

Segundo a youtuber, a cidade já registrou recordes de frio com as temperaturas despencando a - 71°C no inverno. No verão, após descongelamento da cidade, as temperaturas em Yakutsk podem chegar a máximas de 20ºC. 

Segundo Kiun, o frio extremo traz diversos problemas como a depressão e o envelhecimento precoce.

Em um dos vídeos, a jovem explica que “uma espessa neblina obscurece o sol durante a maior parte do ano” e que a cidade se assemelha a “uma cena de um filme de ficção científica”.

Em relatos sobre a rotina na cidade, a youtuber explica que a vida não para devido às condições extremas. Os moradores ainda saem para trabalhar e estudar, porém, queimaduras de frio e hipotermia são quase tão comuns como um resfriado. 

Quando ela começa a sentir uma “dormência” – um dos sintomas do congelamento – ela “corre para um lugar quente como um shopping ou uma estação de ônibus aquecida” para evitar qualquer dano sério. Quanto às queimaduras, ela afirma que são mais recorrentes na região do rosto.

Segundo a youtuber, o frio extremo é um grande problema entre a comunidade de moradores de rua e por isso o governo tomou medidas para “construir mais abrigos para fornecer calor e proteção”.

Os hospitais também dispõem de enfermarias especializadas e médicos específicos para tratar 'até dos piores casos' e, além disso, 'todos os cidadãos e residentes têm acesso a serviços básicos de saúde gratuitos'.

Como algumas comunidades na região de Yakutsk estão muito espalhadas, Kiun diz que algumas pessoas morrem durante viagens longas, já que algumas viagens podem levar até 48 horas. 

"Com tanto frio, as baterias dos carros podem congelar, deixando os viajantes presos... o que pode ser fatal. Infelizmente, todos os anos, cerca de centenas de pessoas morrem congeladas em Yakutsk", revela em um dos vídeos. 

Como é viver na cidade mais fria do mundo? Temperaturas despencam a - 70ºC
Como é viver na cidade mais fria do mundo? Temperaturas despencam a - 70ºC
Foto: Reprodução/YouTube/KiunB

Ela relata ainda problemas respiratórios, deficiência de vitaminas e problemas relacionados à saúde mental. 

Outra queixa ligada à falta de luz solar, diz Kiun, é um tipo de depressão conhecido como Transtorno Afetivo Sazonal. Em um documentário, ela mostrou a visita a uma clínica médica e comparou seus exames com o da irmã, apontando várias deficiências em vitaminas. 

“Estudos demonstraram que nós, em Yakutsk, tendemos a envelhecer mais rapidamente. “Embora a crioterapia seja conhecida pelos seus benefícios para a saúde, incluindo o abrandamento do envelhecimento, a nossa situação é mais complexa. A investigação descobriu que a nossa adaptação a longo prazo ao clima rigoroso leva-nos a envelhecer biologicamente três a quatro anos mais rapidamente do que os caucasianos", disse Kiun em um dos vídeos.

“Acredita-se que este envelhecimento acelerado se deve ao aumento da nossa taxa metabólica, à medida que o nosso corpo trabalha mais para gerar a energia necessária para o calor", completou.

Seus vídeos já acumulam mais de 45 milhões de visualizações no YouTube. No vídeo abaixo, por exemplo, a cineasta revela como é tomar banho na cidade congelada.

Fonte: Redação Byte
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