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Depressão: IA pode identificar sinais cerebrais de recuperação

Um grupo usou a combinação de implantes de eletrodos e análise de IA para identificar mudanças nos padrões de atividade cerebral de pacientes com depressão

3 out 2023 - 12h01
(atualizado às 12h46)
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No último dia 20, em estudo publicado na revista Nature, pesquisadores descreveram a descoberta de uma inteligência artificial capaz de identificar sinais cerebrais de recuperação da depressão. O grupo utilizou de uma combinação de implantes de eletrodos e análise de IA para tentar identificar mudanças nos padrões de atividade cerebral.

Foto: Jakob Rosen/Unsplash / Canaltech

O estudo contou com a participação de dez pacientes com depressão que resistiram ao tratamento. Na prática, a equipe conseguiu identificar um sinal cerebral para usar como biomarcador ligado à recuperação da doença.

O sinal de recuperação parece ter mais de 90% de precisão em seu feedback. Conforme apontam os cientistas, nove em cada dez pacientes no estudo melhoraram, o que reforça a tecnologia como uma alternativa para acompanhar a trajetória da sua recuperação.

"Nosso objetivo é identificar um sinal neurológico objetivo para ajudar os médicos a decidir quando ou não fazer um ajuste de estimulação cerebral profunda", afirmam os envolvidos.

IA detecta sinais de recuperação da depressão

A IA foi treinada usando imagens dos cérebros dos participantes no início e no final do processo, sob a premissa de detectar diferenças neurológicas.

A ideia é que os pesquisadores usem a inteligência artificial em futuros estudos para alcançar um conjunto de dados muito melhor do que aqueles obtidos apenas com relatos.

IA pode identificar sinais cerebrais de recuperação da depressão (Imagem: Ermal Tahiri/Pixabay)
IA pode identificar sinais cerebrais de recuperação da depressão (Imagem: Ermal Tahiri/Pixabay)
Foto: Canaltech

"Mostramos que, usando um procedimento escalonável com eletrodos únicos na mesma região do cérebro, podemos melhorar as pessoas. O estudo também nos dá uma plataforma científica incrível para compreender a variação entre os pacientes, o que é fundamental para o tratamento de distúrbios psiquiátricos complexos, como a depressão resistente ao tratamento", concluem os pesquisadores.

Estímulo cerebral pode tratar depressão

Anteriormente, a ciência chegou a revelar que estímulos magnéticos no cérebro aliviam sintomas de depressão. O tratamento cerebral não-invasivo é conhecido como Estímulo Magnético Transcraniano (EMT), feito de forma personalizada para cada paciente.

Além de confirmar a atividade incomum dos sinais dos cérebros de pacientes depressivos, o estudo em questão se concentra em abrir a possibilidade para diagnosticar melhor a condição no futuro.

Além disso, a estimulação elétrica também pode ajudar no tratamento. No estudo, os médicos identificaram três regiões cerebrais que poderiam estimular para aliviar a depressão, mas descobriram que só funcionava quando o paciente estava em um determinado estado mental. Caso contrário, a neuroestimulação teria o efeito oposto.

Fonte: NatureAmerican Journal of PsychiatryNature Medicine

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