Depressão: IA pode identificar sinais cerebrais de recuperação
Um grupo usou a combinação de implantes de eletrodos e análise de IA para identificar mudanças nos padrões de atividade cerebral de pacientes com depressão
No último dia 20, em estudo publicado na revista Nature, pesquisadores descreveram a descoberta de uma inteligência artificial capaz de identificar sinais cerebrais de recuperação da depressão. O grupo utilizou de uma combinação de implantes de eletrodos e análise de IA para tentar identificar mudanças nos padrões de atividade cerebral.
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O estudo contou com a participação de dez pacientes com depressão que resistiram ao tratamento. Na prática, a equipe conseguiu identificar um sinal cerebral para usar como biomarcador ligado à recuperação da doença.
O sinal de recuperação parece ter mais de 90% de precisão em seu feedback. Conforme apontam os cientistas, nove em cada dez pacientes no estudo melhoraram, o que reforça a tecnologia como uma alternativa para acompanhar a trajetória da sua recuperação.
"Nosso objetivo é identificar um sinal neurológico objetivo para ajudar os médicos a decidir quando ou não fazer um ajuste de estimulação cerebral profunda", afirmam os envolvidos.
IA detecta sinais de recuperação da depressão
A IA foi treinada usando imagens dos cérebros dos participantes no início e no final do processo, sob a premissa de detectar diferenças neurológicas.
A ideia é que os pesquisadores usem a inteligência artificial em futuros estudos para alcançar um conjunto de dados muito melhor do que aqueles obtidos apenas com relatos.
"Mostramos que, usando um procedimento escalonável com eletrodos únicos na mesma região do cérebro, podemos melhorar as pessoas. O estudo também nos dá uma plataforma científica incrível para compreender a variação entre os pacientes, o que é fundamental para o tratamento de distúrbios psiquiátricos complexos, como a depressão resistente ao tratamento", concluem os pesquisadores.
Estímulo cerebral pode tratar depressão
Anteriormente, a ciência chegou a revelar que estímulos magnéticos no cérebro aliviam sintomas de depressão. O tratamento cerebral não-invasivo é conhecido como Estímulo Magnético Transcraniano (EMT), feito de forma personalizada para cada paciente.
Além de confirmar a atividade incomum dos sinais dos cérebros de pacientes depressivos, o estudo em questão se concentra em abrir a possibilidade para diagnosticar melhor a condição no futuro.
Além disso, a estimulação elétrica também pode ajudar no tratamento. No estudo, os médicos identificaram três regiões cerebrais que poderiam estimular para aliviar a depressão, mas descobriram que só funcionava quando o paciente estava em um determinado estado mental. Caso contrário, a neuroestimulação teria o efeito oposto.
Fonte: Nature, American Journal of Psychiatry, Nature Medicine
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