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Depressão pode não ser causada por desequilíbrio químico no cérebro

A causa da depressão divide a comunidade científica. Estudos apontam que se deve à baixa atividade da serotonina; outros apontam que não há relação

20 jul 2022 - 17h21
(atualizado às 19h54)
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Por muito tempo, cientistas associaram a depressão a um desequilíbrio químico no cérebro, causado por um dos neurotransmissores: a serotonina. Entretanto, novas pesquisas sugerem que não há evidências satisfatórias para apoiar a ideia de que a serotonina anormalmente baixa ou inativa possa ser a real causa da condição.

Os antidepressivos também são conhecidos como inibidores seletivos da recaptação de serotonina, o que parece apoiar a teoria serotoninérgica da depressão, já que aumentam temporariamente a disponibilidade de serotonina no cérebro. No entanto, os cientistas defendem que isso não implica necessariamente que a depressão seja causada pelo oposto desse efeito.

Certo, pode parecer confuso. Mas acontece que existem outras explicações para os efeitos dos antidepressivos, que parecem entorpecer as emoções capazes de influenciar o humor das pessoas. Tudo ainda é pouco concreto e divide opiniões na comunidade científica.

De qualquer forma, uma recente pesquisa comparou os níveis de serotonina e sua influência na degradação no sangue ou no fluido cerebral, e não notou diferença entre pessoas com depressão e aquelas sem depressão.

Foto: Adrian Swancar/Unsplash / Canaltech

A pesquisa também se concentrou nos receptores de serotonina, que são proteínas nas extremidades dos nervos com os quais a serotonina se liga para transmitir ou inibir os efeitos. A descoberta foi que também não havia diferença entre pessoas com depressão e pessoas sem depressão. Os cientistas chegaram a notar que, em alguns casos, a atividade da serotonina estava até maior em pessoas com depressão, o que representa oposto das teorias que relacionam a condição a baixos níveis de serotonina.

Os cientistas ressaltam a importância de se saber que a ideia de que a depressão resulta de um "desequilíbrio químico" é hipotética, e ainda há toda uma jornada de estudos pela frente até que se possa comprovar ou refutar essa teoria.

Fonte: Molecular Psychiatry, National Library Medicine via The Conversation

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