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Deputado republicano dos EUA defende repressão a fabricante chinesa de chips

5 nov 2024 - 15h44
(atualizado às 15h57)
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Um importante parlamentar republicano acusou o governo democrata dos Estados Unidos de não fazer o suficiente para impedir que a chinesa Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC) fortaleça a indústria de chips e o complexo industrial militar do país asiático.

Michael McCaul, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA, pediu aos agentes do Departamento de Comércio do país para visitarem as instalações da SMIC para verificarem se a empresa está produzindo ilegalmente chips para a Huawei, que sofre sanções do governo norte-americano.

Em uma carta de 4 de novembro vista pela Reuters, McCaul descreveu o que ele chamou de "crescente frustração bipartidária" pelo fato da agência de indústria e segurança (BIS, na sigla em inglês) do Departamento de Comércio não ter agido com base em relatórios sobre os esforços da Huawei para burlar os controles de exportação de Washington.

"Há cada vez mais evidências de que a SMIC está violando as leis de controle de exportação dos EUA", escreveu McCaul ao subsecretário do BIS, Alan Estevez. Se a China não estiver disposta a concordar imediatamente com uma "auditoria abrangente de todas as instalações da SMIC e de seus livros", disse McCaul, "o BIS deve suspender todas as licenças existentes para a SMIC".

McCaul disse que os avanços da SMIC - incluindo seu chip avançado em um smartphone da Huawei e a produção esperada de mais de 1 milhão de processadores de IA para a Huawei - são uma "arma fumegante" para uma violação e podem ajudar a China a superar os EUA em inteligência artificial.

O Departamento de Comércio disse ter recebido a carta de McCaul e que responderá por meio dos "canais apropriados". SMIC e Huawei não se manifestaram.

A embaixada chinesa em Washington disse em comunicado que "certos políticos dos EUA" estão "exagerando o conceito de segurança nacional" e politizando "ciência e tecnologia e questões econômicas e comerciais".

A SMIC foi adicionada à lista de comércio restrito do Departamento de Comércio em 2020 por supostos laços com o complexo industrial militar chinês. Um ano antes, a Huawei foi colocada na lista após supostas violações de sanções. Ambas as empresas já haviam negado qualquer irregularidade.

Estar na "Lista de Entidades", como é chamada, geralmente impede exportações dos EUA para as empresas visadas. Mas quando o governo Trump incluiu a Huawei e a SMIC, nas regras permitiu que os exportadores norte-americanos obtivessem licenças para enviar bilhões de dólares em produtos e tecnologia dos EUA para elas.

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