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Descoberta mostra um universo primitivo diferente do esperado

Aglomerados de estrelas revelaram um universo primitivo bem diferente do que os astrônomos esperavam

28 jun 2024 - 00h51
(atualizado às 04h51)
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O Telescópio Espacial James Webb identificou o que podem ser os primeiros aglomerados de estrelas do cosmos. Os astrônomos detectaram os objetos em uma galáxia localizada no universo primitivo e se surpreenderam com suas características.

Foto: ESA/NASA/CSA/L. Bradley/A. Adamo/Cosmic Spring / Canaltech

Observando uma galáxia chamada Joias Cósmicas, os autores de um novo estudo publicado na revista Nature encontraram cinco aglomerados protoglobulares (grupos de milhões de estrelas unidas pela gravidade) alinhados.

A luz da galáxia percorreu o universo durante 13,240 bilhões de anos, de acordo com o estudo. Isso significa que a imagem observada mostra como o objeto era apenas 460 milhões de anos após o Big Bang.

Em outras palavras, os pesquisadores analisaram dados de objetos de um período conhecido como amanhecer cósmico, ou Época da Reionização. Nesse período, a radiação das estrelas arrancou os elétrons do gás hidrogênio do universo, levando a uma remodelação fundamental das estruturas galácticas.

À direita está o aglomerado de galáxias SPT-CL J0615−5746; à esquerda, uma parte deste aglomerado de galáxias mostrando duas galáxias distintas e os aglomerados estelares (Imagem: Reprodução/ESA/Webb/NASA/CSA/L. Bradley/A. Adamo/Cosmic Spring collaboration)
À direita está o aglomerado de galáxias SPT-CL J0615−5746; à esquerda, uma parte deste aglomerado de galáxias mostrando duas galáxias distintas e os aglomerados estelares (Imagem: Reprodução/ESA/Webb/NASA/CSA/L. Bradley/A. Adamo/Cosmic Spring collaboration)
Foto: Canaltech

Cientistas têm algumas ideias de como era o universo daquela época, mas a nova descoberta mostra que elas talvez não estejam corretas. "O universo primitivo não é nada como esperávamos", disse Angela Adamo, astrônoma da Universidade de Estocolmo e primeira autora do estudo.

Segundo Adamo, "as galáxias [daquela época] são mais luminosas, formam estrelas a uma velocidade vertiginosa e fazem isso em enxames estelares massivos e densos. Estamos construindo uma nova compreensão de como as primeiras galáxias se formaram".

Os aglomerados na Joias Cósmicas são massivos, densos — bem mais que os da Via Láctea — e localizados em uma pequena região de sua galáxia hospedeira. Isso fornece, pela primeira vez, pistas sobre os processos no interior de aglomerados globulares em seus estágios de formação.

Além disso, a descoberta deu "novas informações sobre a possível formação de estrelas muito massivas e precursoras de buracos negros, ambos importantes para a evolução da galáxia", disse Adamo. Por fim, revela o papel que esses aglomerados desempenharam na reionização do universo.

Fonte: ESA

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