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Desmotivado para se exercitar? Bactérias do intestino podem ter culpa

Estudo realizado em rato mostra que algumas bactérias intestinais podem regular disposição para exercícios

14 dez 2022 - 17h44
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Os cientistas uniram dados de 106 camundongos sobre capacidade de exercício, genética, composição do microbioma intestinal e outros fatores a um modelo de aprendizado de máquina
Os cientistas uniram dados de 106 camundongos sobre capacidade de exercício, genética, composição do microbioma intestinal e outros fatores a um modelo de aprendizado de máquina
Foto: Pixabay

É claro que a vontade para ir à academia se exercitar surge do seu cérebro. No entanto, um novo estudo mostra que a presença ou falta de ânimo pode ter origem também no intestino. É isso mesmo: algumas bactérias intestinais são capazes de aumentar a liberação de dopamina durante a atividade física, o que impulsiona a motivação

Já é um consenso que exercícios fazem bem para a saúde em diversos aspectos, mas a quantidade deles para cada pessoa varia, de acordo com Christoph Thaiss, da Universidade da Pensilvânia (EUA). Sabendo disso, Thaiss e seus colegas tentaram entender fatores fisiológicos que explicassem essa variação. 

Os cientistas uniram dados de 106 camundongos sobre capacidade de exercício, genética, composição do microbioma intestinal e outros fatores a um modelo de aprendizado de máquina. De acordo com ele, a maior frequência com a qual os ratos se exercitavam estava ligada à composição de seu microbioma intestinal. 

Os ratos que possuíam micróbios intestinais intactos passaram o dobro do tempo correndo voluntariamente em uma roda quando comparados aos que tinham micróbios esgotados. Esses últimos, aliás, também registraram uma queda no nível de dopamina durante a atividade física, mostrando que o exercício não foi tão agradável.

Os ratos que possuíam micróbios intestinais intactos passaram o dobro do tempo correndo voluntariamente em uma roda quando comparados aos que tinham micróbios esgotados
Os ratos que possuíam micróbios intestinais intactos passaram o dobro do tempo correndo voluntariamente em uma roda quando comparados aos que tinham micróbios esgotados
Foto: Pixabay

Para confirmar os resultados, a equipe repetiu os testes em camundongos que possuíam microbiomas intactos, mas não tinham neurônios ligando o intestino ao cérebro. Nesse caso, as respostas foram iguais às dos ratos com as bactérias esgotadas. Para Thaiss, essas descobertas mostram que o intestino desempenha um papel integral na motivação para o exercício.

Em dado momento do estudo, camundongos de microbiomas esgotados receberam algumas moléculas produzidas por bactérias intestinais, como as chamadas amidas de ácidos graxos. Assim, os animais foram capazes de alcançar a mesma frequência de exercícios de outros ratos com bactérias intactas. 

“Surpreendentemente, a motivação para o exercício não é intrínseca ao cérebro, mas é regulada pelo trato gastrointestinal”, concluiu Thais.

Em estudos anteriores, foram identificados outros papéis para o nosso sistema gastrointestinal que vão além das funções já conhecidas por todos. Regulação de humor, controle de níveis de açúcar no sangue e proteção contra inflamações cardíacas e ligadas à demência são alguns deles.

Fonte: Redação Byte
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