Devemos comer cobras no futuro, sugere novo estudo
Pesquisa em fazendas asiáticas mostra pítons como opção sustentável devido à sua eficiência alimentar e baixo impacto ambiental
Em um estudo realizado na Tailândia e no Vietnã, especialistas observaram que as fazendas que criam pítons para consumo de carne podem estar entre as mais sustentáveis em termos de conversão alimentar.
Um artigo com as dicussões foi publicado na revista Scientific Reports na última quinta-feira (14).
A análise, que durou 12 meses, incluiu quase 5000 pítons reticuladas e birmanesas, avaliando seu crescimento, dieta e o peso das carcaças processadas.
As pítons se destacam pela eficiência em transformar o alimento consumido em massa corporal, superando outros animais tradicionalmente criados para consumo. Os répteis têm sangue frio, portanto usam menos energia para manter a temperatura do que os mamíferos de sangue quente.
A carne das cobras também é tida como saudável, pois é rica em proteínas e pobre em gordura saturada.
A pesquisa sugere que as pítons, alimentadas com resíduos de carne, como roedores capturados e porcos natimortos, demonstram um potencial sustentável para criações futuras. Elas poderiam oferecer uma solução para o aumento da insegurança alimentar em todo o mundo, agravada pelas alterações climáticas.
Na Ásia, as cobras são usadas em medicamentos tradicionais e em pratos típicos, como a famosa sopa de cobra de Hong Kong. Quem experimenta carne de cobra fala que o sabor se assemelha a frango.