Dia do Café: 5 veja efeitos da bebida no corpo, segundo a ciência
No Dia Mundial do Café, veja alguns dos efeitos que a viciante bebida causa no corpo humano
Não é só no Dia Mundial do Café que a popular bebida estampa o noticiário: recentemente, diversos estudos têm mostrado os principais efeitos do café no corpo descobertos pela ciência.
Confira:
- O aroma do café pode estimular a memória e a atenção antes mesmo de você ingerir a bebida;
- A cafeína estimula o sistema nervoso central, podendo melhorar até o desempenho de atletas;
- Substâncias do café-com-leite podem ter efeitos anti-inflamatórios;
- Alguns estudos sugerem que o consumo de café pode reduzir o risco de morte precoce;
- Outros, entretanto, associam a bebida ao risco de doenças cardiovasculares.
A cafeína age como um estimulante do sistema nervoso central, tornando você mais alerta e concentrado, mas potencialmente também mais irritado e ansioso, o que pode levar ao estresse.
Isso tem a ver com os receptores de adenosina no corpo, que ajudam a regular a frequência cardíaca, o fluxo sanguíneo e os ciclos do sono. Quando a adenosina se liga a esses receptores, desencadeia respostas fisiológicas que levam à diminuição da atividade celular, muitas vezes promovendo sonolência e sono.
A cafeína pode enganar células nervosas e se ligar a elas, impedindo a adenosina de fazer a união. Isso promove uma maior atenção, permitindo que neurotransmissores estimulantes no cérebro funcionem.
A cafeína pode melhorar o desempenho?
Os efeitos do café podem começar antes mesmo do primeiro gole. Inalar o aroma pode melhorar a memória e estimular a atenção, de acordo com um estudo de 2019 com 80 adultos jovens publicado na Integrative Medicine Research.
Os pesquisadores pontuam, entretanto, que o efeito provavelmente tem um elemento placebo, já que os usuários poderiam nutrir a expectativa de ter seu desempenho elevado com a bebida.
Um estudo de 2020 com ciclistas amadores publicado na Human Kinetics Journal constatou que o café melhorou o desempenho dos participantes em 1,7%, em média.
Mistura anti-inflamatória
Cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, descobriram que uma combinação de substâncias presentes no café e no leite pode ter um efeito anti-inflamatório positivo.
Experimentos mostraram que uma combinação de aminoácidos presentes no leite e polifenóis encontrados no café chegou a duplicar as propriedades anti-inflamatórias de algumas células imunes.
Os pesquisadores causaram uma inflamação artificial em um grupo de células que ganharam diferentes tratamentos: algumas receberam doses de polifenóis que reagiram com um aminoácido, outras receberam polifenóis que não reagiram e um grupo de controle não recebeu nada.
Como resultado, veio o incremento substancial na capacidade anti-inflamatória de células que receberam os polifenóis que reagiram com o aminoácido.
Aliado ou inimigo da longevidade?
Um estudo publicado na revista Annals of Internal Medicine sugere que o consumo de café pode reduzir o risco de morte precoce.
Foi realizada uma análise dos dados genéticos, estilo de vida e histórico de saúde de mais de 170 mil indivíduos desde 2006, onde foi constatado que o risco de morte precoce foi reduzido em 29% nas pessoas que consomem diariamente de 2,5 a 4,5 xícaras de café sem açúcar ou de 1,5 a 3,5 xícaras com açúcar.
Outro estudo publicado no European Journal of Preventative Cardiology sugere que beber duas a três xícaras de café por dia pode prolongar a vida. Mas não é tão simples assim. Um artigo publicado no Journal of the American Heart Association concluiu que beber essa exata quantidade de café pode levar ao dobro do risco de morte por doença cardiovascular - como acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco - entre pessoas com hipertensão grave.
O estudo também descobriu que uma xícara de café não aumenta o risco de morte relacionado a doenças cardiovasculares nos pacientes com hipertensão grave, nem em qualquer nível de pressão arterial. Além disso, esse aumento de risco parece não estar presente em chás que tenham cafeína.