Dia Nacional da Vacinação: o mundo antes e depois da gotinha
Nas redes, resgataram o querido Zé Gotinha e falaram bastante da importância da vacina contra a pólio
Hoje (17.out) se celebra o Dia Nacional da Vacinação, e a data não passou em branco nas redes, pois precisamos lembrar do quanto as vacinas salvam vidas todos os anos.
Com a pandemia da COVID-19, tivemos a oportunidade de ver ensaios clínicos de vacinas acontecendo em tempo real, na busca por uma opção segura e eficaz de proteção contra este novo vírus.
As vacinas contra a COVID-19 salvaram muitas vidas, e há séculos a vacinação vem revolucionando a saúde mundial, como comenta a rede de divulgação científica Todos Pelas Vacinas.
Talvez você não se lembre de um mundo antes das vacinas, afinal, temos gerações que cresceram com a rotina de vacinação já estabelecida pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI).
A rede de divulgação científica União Pró-Vacina, em parceria com o Todos Pelas Vacinas, Equipe Halo, da ONU, e Hora de Vacinar relembraram como o mundo era antes da vacinação.
Nosso querido Zé Gotinha
Quando falamos de vacinação no país, é difícil não resgatar na memória a figura do Zé Gotinha, que marcou o sucesso de campanhas importantes de vacinação no país, como contra o poliovírus, o vírus causador da doença poliomielite que teve o último registro no país em 1989.
A poliomielite - ou pólio - é uma doença séria que, além de colocar em risco a vida do indivíduo, pode deixar sequelas graves por toda a vida, como explica a União Pró-Vacina.
Para um controle como esse, é necessário que uma alta porcentagem da população-alvo esteja completamente vacinada contra o vírus da pólio, meta estimada em 95%.
No entanto, como menciona o advogado e médico sanitarista Daniel Dourado, desde 2016, a queda da cobertura vacinal tem nos levado a patamares menores que 60% de cobertura em crianças.
Por que estamos falando do RISCO DA VOLTA DA PARALISIA INFANTIL no Brasil?
Porque ATÉ 2015 o país cumpria a meta de 95% das crianças vacinadas todos os anos.
DESDE 2016 a cobertura vacinal tem caído rapidamente chegando a MENOS DE 60% das crianças vacinadas.
Sabe o que mudou?
— Daniel A. Dourado (@dadourado) October 10, 2022
Com baixas coberturas vacinais, estamos em risco de ver a reintrodução de doenças que assombraram nosso passado.
Inclusive, na África, registros foram feitos de casos de infecções por poliovírus selvagens, causadores da poliomielite.
⚠️2º caso de pólio selvagem (tipo 1) na África (Moçambique🇲🇿). Os casos não eram visto desde 1992 (!). Segundo as autoridades, "o caso recém-confirmado está ligado a uma cepa que circulava no Paquistão em 2019, semelhante ao caso relatado no Malawi no início deste ano"👇🧶 pic.twitter.com/kXfdGiIwrr
— Mellanie Fontes-Dutra (Mell) 🌻 (@mellziland) May 18, 2022
A médica epidemiologista Denise Garrett explica um fenômeno que também é consequência de baixas coberturas vacinais.
✔️Com o tempo, o vírus enfraquecido da vacina pode sofrer mutação e reverter p uma forma que pode causar paralisia.
✔️Disseminada pelo esgoto, a cepa mutante pode causar doença em ñ vacinados, principalmente em populações não vacinadas e áreas com condições sanitárias precárias.+
— Denise Garrett, MD, MSc (@dogarrett) July 22, 2022
No Brasil, o estado do Pará investigou um caso de paralisia em uma criança de 3 anos, buscando entender se poderia haver alguma relação com a circulação de um poliovírus selvagem.
O caso, na verdade, era parecido com o citado por Garrett, nos EUA, como explicou Todos Pelas Vacinas.
Aliás, na edição de amanhã do Polígono, você terá informações sobre esse caso - não deixe de assinar a newsletter. É de graça.
Campanhas nas redes
Em busca de uma maior conscientização da população, hoje estará rolando nas redes sociais uma campanha em prol da vacinação contra a pólio, porém a mensagem também abrange todas as doenças evitáveis por vacinação.
O mundo antes da vacinação não pode ser esquecido. Precisa ser lembrado em momentos como este para a sociedade não reviver as mazelas que essas doenças podem trazer.
Cada gota da vacina contém esperança. Representa incontáveis vidas que podem ser salvas, em respeito a tantas que foram perdidas por conta de doenças que hoje podemos evitar com a vacinação.
Participe você também da campanha nas redes sociais usando as hashtags #TodosPelasVacinas #PolioNuncaMais #VacinaEmDia.