Disney, Comcast e AT&T aceleram guerra do streaming
No ano que vem, com a chegada das vacinas contra o coronavírus em todo o mundo, os consumidores devem retornar aos restaurantes, estádios esportivos e cinemas.
Mas com filmes como "Matrix 4" e "Duna", além de séries da Marvel, incluindo "Loki" e "Falcão e o Soldado Invernal" chegando aos serviços de streaming ao mesmo tempo que aos cinemas, as pessoas realmente vão querer isso?
A pandemia acelerou um impulso para serviços de streaming, e Netflix e Disney + anunciaram uma grande quantidade de conteúdo de primeira linha disponível para 2021. Mas nos bastidores desta nova era de ouro da televisão está uma batalha pelo futuro de Hollywood.
Neste ano as principais empresas de mídia fizeram suas apostas, com AT&T, Comcast e Walt Disney anunciando novas estratégias sobre como e onde distribuirão seu conteúdo. Embora suas abordagens variem, elas estão unidas por um foco no streaming de vídeo para atrair diretamente os espectadores.
Quem sairá vitorioso quando a pandemia acabar está menos claro. Será que a experiência de assistir a um filme no cinema - com outros fãs, uma tela gigante e um som envolvente - superará a conveniência e o menor custo de assisti-lo em casa? A resposta ajudará a decidir o futuro de Hollywood em 2022 e além.
O estúdio Warner Bros da AT&T deu o passo mais ousado ao anunciar planos de lançar todos os seus filmes de 2021 nos cinemas e no serviço de streaming HBO Max no mesmo dia, incluindo possíveis sucessos de bilheteria como "Matrix 4", "Esquadrão Suicida", "Duna" e "Em um Bairro de Nova York". Também lançará "Mulher-Maravilha 1984" nos cinemas e no HBO Max em 25 de dezembro.
Já a Disney, em vez de anunciar mudanças radicais em sua estratégia de lançamento de filmes, optou por sobrecarregar seus serviços de streaming. A empresa planeja lançar 10 novas séries de TV das franquias Marvel e Star Wars, incluindo dois spin-offs de "The Mandalorian" no serviço de streaming Disney + nos próximos anos.
Os clientes podem esperar cerca de 100 ou mais títulos no Disney + a cada ano, disseram executivos da empresa em 10 de dezembro. Para ajudar a financiar os 16 bilhões de dólares que a Disney planeja gastar em novo conteúdo até o ano fiscal de 2024, em março de 2021 a Disney aumentará o preço do serviço em um dólar nos EUA e em 2 euros na Europa continental.
Essas mudanças poderiam não ter acontecido tão rapidamente sem a pandemia, embora alguns membros de Hollywood as considerem inevitáveis.
"Sem dúvida, estamos na curva de uma grande mudança que acho que deve ocorrer desde que as pessoas adotaram (os serviços de vídeo sob demanda)", disse o ator Tom Hanks em dezembro.
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447727))
REUTERS PS AAJ