Dizer 'por favor' e 'obrigado' ao ChatGPT sai caro e aumenta conta de luz da OpenAI; entenda

Mandar "por favor" e "obrigado" ao ChatGPT tem um custo que vai além da boa educação. Segundo o CEO da OpenAI, Sam Altman, o excesso de gentileza com o chatbot consome mais energia dos servidores e já custa "dezenas de milhões de dólares" à empresa.

https://x.com/sama/status/1912646035979239430

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A declaração foi feita em resposta a uma pergunta de um usuário da rede social X (antigo Twitter), que quis saber quanto a OpenAI gasta em eletricidade por causa dos usuários educados. Altman respondeu que, embora o valor exato seja difícil de estimar, o impacto é real e alto.

A explicação está no funcionamento dos sistemas de inteligência artificial (IA) generativa. Modelos como o GPT-4 operam como "máquinas de previsão", ajustando suas respostas com base na linguagem, tom e estrutura dos pedidos.

Quando a solicitação é clara, educada e bem escrita, a tendência é que o conteúdo gerado seja mais sofisticado e completo, o que, por sua vez, exige mais processamento. Por isso, interações que soam mais "humanas" ou respeitosas, com frases longas e bem pontuadas, podem acionar processos computacionais mais exigentes.

Um estudo do Washington Post, em parceria com a Universidade da Califórnia, mostrou que a geração de um único e-mail de 100 palavras por IA consome 0,14 kWh, o suficiente para manter 14 lâmpadas de Led acesas por uma hora.

Se esse hábito se repetir semanalmente ao longo de um ano, o consumo individual chega a 7,5 kWh, o mesmo que cerca de nove casas consumiriam em uma hora. Assim, em escala global, o uso massivo de IA se torna um peso na conta de energia do planeta.