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Do que é feito um buraco negro?

Nascidos a partir da explosão de estrelas (supernovas), esses objetos supermassivos são foco de estudo de cientistas nos últimos anos

11 out 2022 - 05h01
(atualizado em 6/4/2023 às 10h12)
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Buraco negro CID-947 é quase 7 bilhões de vezes a massa do nosso Sol
Buraco negro CID-947 é quase 7 bilhões de vezes a massa do nosso Sol
Foto: M. Helfenbein / Universidade Yale / OPAC

Uma das curiosidades que rege o mundo da astronomia é a formação e composição dos buracos negros. Esses objetos astronômicos possuem uma atração gravitacional tão forte que nada, nem mesmo a luz, pode escapar deles.

Duas classes principais de buracos negros foram extensivamente observadas nos últimos anos: os de massa estelar, com três a dezenas de vezes a massa do Sol e espalhados por toda a Via Láctea; e buracos supermassivos, pesando de 100 mil a bilhões de massas solares encontrados nos centros da maioria das grandes galáxias, incluindo a nossa.

A maioria deles se forma a partir dos restos de uma supernova, isto é, da explosão de uma estrela. Ela deixa para trás um pequeno e denso núcleo remanescente. 

Se a massa do núcleo dessa estrela for maior do que cerca de três vezes a massa do nosso Sol, segundo a Nasa, a força da gravidade supera todas as outras forças e produz um buraco negro.

No entanto, algumas estrelas menores tornam-se estrelas de nêutrons densas, que não têm massa suficiente para reter a luz.

O Sol, por exemplo, nunca se transformará em um buraco negro porque não é massivo o suficiente para explodir. Em vez disso, seria um núcleo denso remanescente estelar chamado anã branca.

A julgar pelo número de estrelas grandes o suficiente para produzir esses buracos negros, cientistas estimam que existam de dez milhões a um bilhão desses objetos apenas na Via Láctea.

Em 2019, astrônomos puderam observar e fotografar um buraco negro pela primeira vez graças aos avanços tecnológicos.

O conceito deste artista mostra o buraco negro supermassivo mais distante já descoberto. É parte de um quasar de apenas 690 milhões de anos após o Big Bang
O conceito deste artista mostra o buraco negro supermassivo mais distante já descoberto. É parte de um quasar de apenas 690 milhões de anos após o Big Bang
Foto: Robin Dienel / Carnegie Institution for Science

O que podemos ver em um buraco negro

Pesquisadores não podem ver buracos negros da mesma forma que observam estrelas e outros objetos no espaço. 

Em vez disso, os astrônomos devem confiar na detecção da radiação que os buracos negros emitem à medida que poeira e gás são atraídos para seu interior. 

Embora não seja possível ver seu miolo, o gás brilhante ao seu redor (disco de acreção) revela uma região composta de gás, poeira e estrelas que rodeiam o corpo cósmico superaquecido.

A poeira cósmica é formada por partículas muito finas de matéria sólida encontradas na Terra e em qualquer parte do Universo — e é composta por vários elementos que conhecemos, como carbono, oxigênio e ferro.

Os outros componentes dos buracos negros veem das estrelas — que são mantidas por reações de fusão nuclear, o que significa que fundem o hidrogênio em hélio em seus núcleos.

Buraco negro que fica no centro da galáxia M87 e o anel brilhante formado à medida que a luz se dobra na gravidade intensa ao redor do buraco negro (Foto: EHT)
Buraco negro que fica no centro da galáxia M87 e o anel brilhante formado à medida que a luz se dobra na gravidade intensa ao redor do buraco negro (Foto: EHT)
Foto: Canaltech

Possível ligação entre buracos negros primordiais e matéria escura

Além dos materiais que conhecemos, os primeiros buracos negros formados no Universo podem ter uma ligação com a chamada matéria escura. 

Ela é uma substância misteriosa que compõe a maior parte do universo material, e é considerada uma forma de partícula exótica massiva.

Estudos sugerem uma visão alternativa de que a matéria escura é feita de buracos negros formados durante o primeiro segundo da existência, logo após o Big Bang, e são conhecidos como buracos negros primordiais. 

A Nasa está atualmente investigando essa teoria como parte de suas missões Alpha Magnetic Spectrometer e o telescópio espacial Fermi Gamma-ray.

Fonte: Redação Byte
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