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Dono do Telegram não pretende mudar moderação de conteúdo no app

CEO do Telegram, Pavel Durov comentou que não quer intervir nas pessoas no app a não ser que "cruzem uma linha vermelha"

11 mar 2024 - 19h55
(atualizado em 12/3/2024 às 11h19)
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CEO do Telegram, Pavel Durov pretende manter a política de pouca intervenção na moderação do mensageiro. Em entrevista ao site Financial Times, Durov aponta que o controle só deveria acontecer quando eles cruzarem "linhas vermelhas" e que o monitoramento das conversas poderia levar ao autoritarismo.

Foto: TechCrunch/Flickr/CC 2.0 / Canaltech

Questionado sobre a moderação do app, o executivo disse que tem planos para melhorar o sistema neste ano, com eleições em diversos países, e até cogita criar mecanismos de IA na solução de problemas. Por outro lado, ele ainda defende a ideia de livre arbítrio na plataforma.

De acordo com Durov, "a não ser que cruzem linhas vermelhas, eu não acredito que deveríamos policiar as pessoas no jeito que elas se expressam". O fundador do mensageiro azul ainda diz que acredita na "competição de ideias" e que "cada ideia deve ser desafiada". Caso contrário, nas palavras do CEO, "podemos degradar-nos rapidamente ao autoritarismo".

De acordo com CEO, Telegram não deve fazer grandes mudanças no sistema atual de moderação(Imagem: Wichayada Su/Vecteezy)
De acordo com CEO, Telegram não deve fazer grandes mudanças no sistema atual de moderação(Imagem: Wichayada Su/Vecteezy)
Foto: Canaltech

Telegram e problemas com moderação

Não é de hoje que o Telegram é alvo de diversas críticas em relação à moderação (ou falta dela) no app. A plataforma é acusada de oferecer um espaço no qual criminosos podem divulgar e praticar ações ilícitas — alguns kits com material para ataques de phishing já foram encontrados abertamente no app, por exemplo.

O aplicativo tem a premissa de manter a privacidade dos usuários e das conversas e, por conta disso, já teve problemas com autoridades brasileiras. O Telegram foi suspenso por três dias no país, em abril do ano passado, via ordem judicial, por se recusar a oferecer informações sobre participantes de grupos neonazistas durante uma investigação policial. 

Além disso, o app já foi multado em R$ 1,2 milhão pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes por descumprir uma ordem judicial que exigia o bloqueio de um canal na plataforma. 

App é quase lucrativo e pode ter capital aberto

Durov também comentou as perspectivas financeiras para o Telegram, que enfim pode receber uma oferta de IPO para entrar nas bolsas de valores. Ele afirma que a empresa começou a ter uma receita de "centenas de milhões de dólares" após adotar um plano premium e incluir anúncios desde 2022.

A expectativa do CEO é de que a empresa se torne lucrativa "no próximo ano, se não neste ano", e algumas ofertas na casa de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 150 bilhões, em conversão direta) já foram feitas à plataforma. 

O aplicativo atualmente tem 900 milhões de usuários, metade do rival WhatsApp, com 1,8 bilhão, de acordo com dados do site Sensor Tower publicados na matéria original.

Além da assinatura Premium, o mensageiro azul também disponibilizou recentemente o Telegram Business, conjunto de serviços pagos com recursos exclusivos para empresas, similar à versão profissional do WhatsApp.

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